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Viana do Castelo

Mergulhadores municipais não apoiaram operação de salvamento por não terem licença válida

11 Abril, 2012 - 15:14

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A secção de mergulho dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo, único corpo profissional do concelho, não participou nas operações de socorro aos dois pescadores acidentados hoje de manhã, em Castelo de Neiva, porque estes elementos não possuem licenças atualizadas.

A secção de mergulho dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo, único corpo profissional do concelho, não participou nas operações de socorro aos dois pescadores acidentados hoje de manhã, em Castelo de Neiva, porque estes elementos não possuem licenças atualizadas.

A situação foi confirmada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, que tutela aquela força.

“Os nossos elementos estão a frequentar um curso de mergulho profissional para o qual são necessários vários testes. Nesta altura, faltam realizar apenas os exames médicos numa câmara hiperbárica e, por isso, não podem fazer mergulho”, admitiu José Maria Costa.

Os meios dos Bombeiros Municipais, corpo totalmente profissional e que dispõe de uma secção de mergulho com 12 elementos, chegaram a ser solicitados para apoiar a operação.

Contudo, face à situação “inoperacional” em que se encontram, acabou por ser solicitada a presença de uma equipa dos Bombeiros Voluntários.

“Estamos a aguardar pela realização destes últimos exames médicos, que deverá acontecer em breve, para que a situação seja ultrapassada e os nossos mergulhadores possam voltar a atuar”, acrescentou José Maria Costa.

Os dois pescadores da embarcação acidentada hoje de manhã, ao largo de Castelo de Neiva, não envergavam coletes salva-vidas quando terão sido colhidos por um golpe de mar, cerca das 07:50, vinte minutos depois de partirem para a faina do polvo.

“Os coletes estão na embarcação. Portanto, não os tinham colocados, o que, naturalmente, contribuiu para a tragédia”, disse à Lusa o comandante da Capitania de Viana do Castelo, Gonçalves da Silva.

O acidente deu-se a cerca de uma milha do portinho de Castelo de Neiva, em Viana do Castelo, de onde os dois pescadores são naturais.

Um dos homens, de 32 anos e proprietário do barco de 6,20 metros, foi resgatado por tripulantes de uma outra embarcação de pesca, que se aperceberam da situação.

Foi transportado ao hospital de Viana do Castelo, em estado de hipotermia, enquanto um segundo tripulante, de 43 anos, continua desaparecido.

“Quando chegámos ao barco, estava um dos homens amarrado nele, virado, e a perder as forças. Disse-nos que o outro já tinha ido ao fundo”, explicou à Lusa Elísio Rei, o primeiro pescador junto do “Senhora da Paz”, a embarcação de pesca artesanal rebocada ao final da manhã para o portinho de Castelo de Neiva.

“Um golpe de mar é a nossa explicação para o que aconteceu, até porque a embarcação não tem qualquer arte presa ao fundo”, disse o comandante Gonçalves da Silva.

As buscas foram reforçadas com o navio patrulha NRP Cacine e um helicóptero da Força Aérea.

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