Melgaço/Mau tempo: Câmara exige ao Governo declaração de calamidade pública

Perante os danos causados pelo mau tempo do passado fim-de-semana, a Câmara de Melgaço vai exigir ao Governo “a declaração da situação de calamidade pública e a consequente consignação de apoio para fazer face à situação vivida em Melgaço”. Durante os últimos dias, a autarquia realizou um levantamento de todos os danos através de reuniões com munícipes e presidentes de Junta. Em declarações à rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara referiu que o total dos prejuízos deverá ascender a 500 mil euros. “Sofremos prejuízos na rede viária e em muros que a sustentam. São prejuízos que o Município terá agora de suportar para colocar toda a rede viária funcional”, disse o edil melgacence. No entanto, sublinhou Manoel Batista, “Melgaço sofreu também prejuízos privados. Muitas pessoas viram os seus bens prejudicados por esta intempérie. Já escrevermos ao Ministério da Agricultura e da Administração Interna, através das suas Secretarias de Estado, no sentido de os sensibilizar para que possam, de forma extraordinária, ajudar-nos nos custos que o Município vai ter para poder fazer frente a esta despesa”, explicou o autarca. A autarquia espera ainda apoio “a produtores de vinho que tiveram prejuízos avultados”.
As freguesias mais atingidas, recorde-se, foram Fiães, a União de Freguesias de Chaviães e Paços, Cristóval, Penso, Alvaredo e a União de Freguesias de Vila e Roussas nas quais se registaram inúmeras derrocadas de muros e de taludes, alguns dos quais originaram aluimentos de pavimentos rodoviários e ao consequente corte do trânsito. São muitas as freguesias com acessos condicionados bem como propriedades privadas destruídas com plantações de vinha e outras culturas sem qualquer possibilidade de recuperação e sem qualquer possibilidade de acesso.