Chama-se Bella. É a mais recente contratação do restaurante Miradouro do Castelo, em Castro Laboreiro, Melgaço.
Não é um humano. Trata-se de um robô, cuja principal função é ajudar os funcionários do restaurante à hora das refeições.
Com semblante de uma gata meiga, tem feito as delícias de miúdos e graúdos que ali se sentam à mesa.
A Bella começou a trabalhar esta segunda-feira. Surpreendeu os clientes. Fez sorrir e tornou-se a estrela principal do restaurante.
“Desde que abrimos uma nova sala, mais longe da cozinha, constatamos que os nossos funcionários gastavam mais tempo a levar e a recolher pratos nas mesas. Para facilitar e ajudar os nossos funionários, adquirimos este robô”, explicou Paulo Azevedo à Rádio Vale do Minho, relações públicas do estabelecimento.
Para além do custo do aparelho propriamente dito, o restaurante teve ainda de ser adaptado à nova funcionária. O investimento rondou os 25 mil euros.
No entanto, a Bella não veio para substituir os empregados de mesa nem o contacto direto com o cliente.
“A sua função é transportar pratos entre a cozinha e as salas, e vice-versa. O nosso propósito é diminuir o peso e cortar os quilómetros percorridos mensalmente pelos nossos colaboradores, proporcionando-lhes mais tempo e uma disposição revigorada para interagir e atender aos nossos clientes”, sublinhou Paulo Azevedo.
A Bella veio da China. A programação é relativamente simples. É elétrica. Quando a bateria está em baixo, segue imediatamente para o carregador tal como os já conhecidos aspiradores autónomos que também fazem sucesso no mercado.
“Estamos cientes de que se trata de uma iniciativa pioneira e que a inovação tecnológica nem sempre é recebida de forma positiva. Contudo, estamos convictos de que esta medida contribuirá para melhorar as condições laborais dos nossos colaboradores e, consequentemente, a relação com os nossos clientes”, acrescentou Paulo Azevedo.
Veja o vídeo [cedido à Rádio Vale do Minho]
O nome completo é… Bellabot
O Bellabot chegou ao mercado português em junho do ano passado. Tem sido um sucesso por todo o mundo e, na China, foi um alívio para a restauração durante a COVID-19.
Destaca-se com um verdadeiro especialista em entrega de alimentos e serviço de mesa.
O robô foi introduzido no mercado português pela empresa Beltrão Coelho.
Destaca-se pela sua avançada capacidade de comunicação e compreensão de uma enorme diversidade de comandos, entre eles comandos de voz, que são interpretados com recurso a complexos algoritmos de inteligência artificial.
Bellabot
[Fotografia: DR]
O Bellabot foi especificamente desenvolvido da forma mais otimizada possível para o desempenho de funções nestes setores.
Essa otimização leva em conta diversas variáveis, entre elas a sua altura, bem como as suas restantes medidas corporais, que o permitem mover-se com agilidade em espaços da restauração, possibilitando-lhe assim executar facilmente tarefas típicas destes setores, como é o caso do serviço de mesa.
Este revolucionário robô vem também equipado com sensores 3D, que lhe permitem mover-se e parar em qualquer ângulo, bem como afastar-se e alterar rapidamente a sua rota de modo a conseguir contornar qualquer tipo de obstáculo.
Esta habilidade é potenciada por uma frequência de deteção de obstáculos de 5.400 vezes por minuto, juntamente com um tempo de travagem de apenas 0,5 segundos.
Para facilitar a interação com o utilizador, o Bellabot vem equipado com diversos indicadores de luz capazes de sinalizar que prato está a ser servido.
Este sistema de luzes também permite ao robô demonstrar alguma empatia sempre que é de alguma forma tocado.
No Miradouro do Castelo, por exemplo, a Bella é capaz de levar também um bolo de aniversário à mesa e cantar os Parabéns ao aniversariante.
No que toca à sua autonomia, o Bellabot revela-se extremamente impressionante, conseguindo manter-se funcional por 12 horas seguidas, existindo também a opção de aquisição de uma bateria extra que permitirá estender essa autonomia até às 24 horas.
Durante este período o robô está totalmente operacional e pronto a cumprir qualquer tarefa que lhe seja imposta e para a qual tenha sido devidamente programado.
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