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Melgaço: Paderne celebra Santos Mártires na próxima quinta-feira

14 Janeiro, 2020 - 19:30

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É tida como uma das festas religiosas “mais belas e mais singulares do Alto Minho”. A freguesia de Paderne, em Melgaço, celebra na próxima quinta-feira, dia 16 de janeiro, a Festa dos Santos Mártires. Uma procissão que junta centenas de devotos nas ruas daquela localidade.

De acordo com João Paulo Rodrigues, um residente local e entusiasta pela história da freguesia, tudo terá começado em 1219 “quando S. Francisco de Assis enviou em missão para Marrocos seis frades menores. Um deles adoeceu pelo caminho. Os outros continuaram a jornada. Foram recebidos em Coimbra pela Rainha D. Urraca, esposa do Rei D. Afonso II”.

A rainha ficou curiosa e terá pedido aos frades que lhe falassem sobre a sua morte. Quem morreria primeiro? Ela ou o rei? Na resposta, prossegue ainda o investigador “os frades disseram que ela morreria quando os seus corpos chegassem de Marrocos imolados em nome de Jesus Cristo. O primeiro dos dois que visse os frades mortos, morreria primeiro. Já em Marrocos, os frades foram martirizados por pregarem o Cristianismo. Os corpos regressaram a Coimbra. Foi a rainha quem os viu primeiro. E foi a primeira a falecer”.

Atualmente, as relíquias destes Santos Mártires – assim são chamados – estão na Igreja de Paderne. São dadas a beijar ao povo neste dia. Explica João Paulo Rodrigues que “esta manifestação de fé consiste numa procissão com a imagem de S. Francisco, que sai, do lugar de Sante, da capela da Srª dos Remédios, e com cinco crianças vestidas de frades (representando os 5 mártires de Marrocos. Berardo, Otão (sacerdotes), Pedro (diácono), Acúrsio e Adjuto (leigos) enviados por S.Francisco de Assis com uma cimitarra (espécie de espada árabe) apertada ao pescoço, com a testa cheia de tintura, fingindo sangue”.

Segue-os um homem disfarçado de Miramolim (representando o responsável pelo martírio). “Chegados à Portela, em frente à residência paroquial, são acorrentados pelo Pároco e entregues ao Mirabolim. É representada a decapitação”, descreve o padernense. Daí a procissão segue para a Igreja e é distribuído, pelo povo, um pão que diz a tradição ter poder curativos. Depois, no interior do Convento de Paderne, segue-se a Eucaristia e a Pregação alusiva ao martírio dos franciscanos.

 

[Fotografia: Anabela Rodrigues 2019]

 

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