Arranca esta segunda-feira o «Melgaço em Festa». Até dia 13 de agosto, o Município mais a norte de Portugal vai oferecer um vasto programa de verão que vai desde a música, passando pelo cinema, até aos mais variados certames. Previsivelmente, Manoel Batista deu especial destaque ao «Filmes do Homem», Festival Internacional de Documentário que se realiza entre 1 e 6 de agosto. “É uma aposta para manter. Uma aposta que sabemos que é difícil mas já é ganhadora e tem tudo para vencer no futuro”, avaliou o edil melgacense.
A 4ª edição do festival de documentário de Melgaço «Filmes do Homem» começa precisamente esta segunda-feira. Estão a concurso ao prémio Jean Loup Passek 24 documentários: 15 longas-metragens e nove médias e curtas-metragens. Este ano é a primeira vez que o festival se realiza após a morte de Jean Loup Passek, crítico e programador de cinema que passou pelo Centre Georges Pompidou, foi fundador e diretor do Festival de la Rochelle e coordenador da “Caméra dOr” do festival de Cannes. Ávido colecionador acabou por doar a sua extensa coleção de cinema ao município de Melgaço que, em 2005, criou o Museu de Cinema no município.
O júri desta edição é constituído pelo cineclubista André de Oliveira e Sousa, pelas realizadoras Graça Castanheira e Iris Zaki, esta última vencedora do prémio Jean Loup Passek para melhor curta-metragem em 2016, pelo produtor e realizador Rodrigo Areias e pelo jornalista e programador brasileiro Sérgio Rizzo. Os prémios a atribuir pretendem distinguir a melhor longa-metragem (3.000 euros), a melhor curta ou média-metragem (1.500 euros) e o melhor documentário português (1.000 euros). Luís Mendonça e Ricardo Vieira Lisboa, dois dos fundadores e críticos de cinema do site da internet À Pala de Walsh, farão a apresentação de alguns dos filmes a concurso.
A maioria das projeções decorre na Casa da Cultura de Melgaço, mas o festival percorre também as freguesias do concelho, com apresentações em Lamas de Mouro, Alvaredo, Cristóval e Castro Laboreiro e “saltando” a fronteira até Arbo e Padrenda, na Galiza. Tal como nas edições anteriores, a sessão de encerramento do Festival acontece com uma projeção ao ar-livre na Torre do castelo de Melgaço.
Dia dedicado aos emigrantes agendado para 12 de agosto
Entre 4 e 11 de agosto, destacou o presidente da Câmara, “haverá concertos e DJs a animar a noite, por forma a cativar a população mais nova”. Outra das inovações deste ano é a procura em construir trabalhos de teatro com a população. “Serão quatro momentos cénicos que no dia 12 de agosto irão acontecer em pontos diferentes do Município. Pelas 20h00, esses momentos cénicos vão confluir até ao centro da vila para um momento cénico único”, prosseguiu Manoel Batista.
O Município garante que vai procurar ainda que esse dia 12 de agosto tenha a “marca da diáspora”. Será um dia sobretudo dedicado aos emigrantes. “Nesse dia iremos também atribuir os títulos honoríficos a alguns cidadãos e algumas instituições de Melgaço que selecionámos de forma criteriosa”, sublinhou Manoel Batista.
A noite do último dia das festas será marcado pelo grande concerto de Ana Moura, no recinto da Feira. Em suma, para o presidente da Câmara, não faltarão motivos “de grande qualidade durante este mês de agosto para as pessoas ficarem em Melgaço ou virem até Melgaço”.
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