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Melgaço determinado a dinamizar mais o tecido empresarial do centro urbano

13 Abril, 2019 - 09:50

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“É importante que Melgaço se abra ainda mais ao mundo”. Palavras do presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, à Rádio Vale do Minho durante uma sessão do programa URBACT […]

“É importante que Melgaço se abra ainda mais ao mundo”. Palavras do presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista, à Rádio Vale do Minho durante uma sessão do programa URBACT Re-growCity, realizada neste concelho do Alto Minho, que juntou à mesma mesa representantes de Altena, na Alemanha; Aluksne, na Letónia; Isernia, na Itália; e Nyirbátor, na Hungria.

URBACT é um programa europeu de cooperação territorial, de aprendizagem coletiva e troca de experiências em torno da promoção do desenvolvimento urbano sustentável e integrado. Este programa financia a constituição de redes de cidades para o desenvolvimento de soluções comuns em torno de desafios urbanos contemporâneos, reafirmando a posição chave das cidades e das comunidades locais face à complexidade crescente das mudanças societárias.

Foram dois dias de trabalho em que Melgaço foi anfitrião de um workshop intitulado POP-UP Shops. Como o próprio nome indica, desta vez o grupo centrou-se nas lojas (shops). “No espaço urbano onde as lojas estão fechadas, tentarmos de forma criativa com que essas mesmas lojas se abram”, começou por explicar Manoel Batista revelando que Altena tem sido uma referência no êxito desta solução. “Este município arrenda as lojas aos proprietários por determinado valor, discutido e negociado, que depois irá subarrendar a um valor mais barato a um jovem – por exemplo – que queira arrancar com um negócio”.

 

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A ideia é dinamizar o tecido empresarial. O grupo procura agora replicar o trabalho feito naquela localidade alemã. “Agora vamos à segunda fase, que é criarmos ligações às empresas e à população em geral. Não será um projeto fácil”, avaliou o edil melgacense. “Não é de investimento direto. Será preciso sensibilizar as pessoas e fazê-las perceber que têm de ter uma forma diferente de ver as coisas. Fazê-las entender que os espaços que têm fechados podem ser utilizados do ponto de vista comercial”.

Mas Manoel Batista vai mais longe. Há também a preocupação de trazer mais habitação para o espaço urbano, revigorando-o. “Ela sempre existiu aqui em Melgaço mas há possibilidade de melhorar. Crescer e fazer com que algum do nosso património volte a ser habitado e assim possamos trazer gente para o centro”, disse.

 

Altena… um caso de sucesso

 

A Rádio Vale do Minho esteve também à conversa com o presidente da Câmara de Altena, Adreas Hollstein. Um município que, conforme foi referido, é tido como caso de sucesso nesta dinamização empresarial dos centros urbanos. “Começamos o trabalho em 2000, quando a economia da nossa cidade estava a contrair demasiado. Perdemos indústrias e muitos jovens”, recordou o autarca. Os cofres do município alemão estavam praticamente vazios.

“Iniciamos então o diálogo de um plano de desenvolvimento com a população. Surgiu a ideia de abrirmos lojas que estavam fechadas”, prosseguiu. A ideia teve um êxito de tal ordem que o número de residentes acabou até por subir neste concelho. “Tentamos ser sobretudo uma cidade de mente aberta. Damos sempre as boas vindas a quem queira vir residir em Altena, desde refugiados até simples estrangeiros”. As finanças voltaram a estabilizar e Altena conseguiu assim, dinamizando o tecido empresarial, contornar um dos maiores problemas que enfrentou em toda a sua história.

Questionado sobre Melgaço, Andreas Hollstein não poupou elogios ao município mais a norte de Portugal. “É um concelho muito bonito. É impossível não gostar e tenho a certeza de que vou regressar”, admitiu com um sorriso. “É uma vila lindíssima com muitos espaços interessantes para turistas. Os restaurantes, os hotéis e os museus são de muito boa qualidade… e claro, o vinho. Excelente!”, concluiu com uma gargalhada.

 

[Fotografia: Município de Melgaço]

 

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