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Melgaço: Centro de Apoio ao Doente Oncológico em risco de não poder acompanhar doentes

9 Janeiro, 2019 - 08:25

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O Centro de Apoio ao Doente Oncológico (CADO) de Melgaço está em risco de não poder acompanhar os utentes. O alerta é dado pelo jornal Voz de Melgaço que apresenta […]

O Centro de Apoio ao Doente Oncológico (CADO) de Melgaço está em risco de não poder acompanhar os utentes. O alerta é dado pelo jornal Voz de Melgaço que apresenta como causa as despesas mensais, estimadas em 500 euros. Estes números são agora “a principal preocupação” da fundadora da associação solidária, Catarina Malheiro.

As dificuldades aumentaram com a redução do apoio da autarquia. Em 2018, escreve o mesmo jornal, foi reduzido para “quase metade” do que tinha recebido no ano anterior. A situação, descreve o Voz de Melgaço, é de “sufoco”. “Vamos buscar medicamentos à farmácia, ou dar-lhes a medicação em casa, em alguns casos. Quando são pessoas com alguma idade e estão medicadas com morfina, é preciso mudar-lhes os selos ou dar as gotas de morfina, porque há a probabilidade de se enganarem e a morfina é bastante perigosa”, contou Catarina Malheiro ao jornal. “Temos voluntários que também vão fazer as compras, quando os doentes estão mais debilitados”, acrescentou a responsável.

Para além da verba vinda da Câmara Municipal, o CADO conta com a colaboração de apenas seis das 13 Freguesias ou Uniões de Freguesias do Concelho. Nesta altura, avisa Catarina Malheiro, a associação está a lutar “com o que tem e com o que não tem”. “Ou recebemos mais apoio por parte das Juntas de onde são os nossos utentes, ou da autarquia, ou temos de deixar de fazer o transporte, porque não temos verbas, não conseguimos”.

De acordo com o Voz de Melgaço, em 2017 a Câmara de Melgaço atribuiu a esta associação uma verba de 4500 euros. No ano seguinte caiu para 2500. À mesma publicação, o presidente da Câmara, Manoel Batista (PS), indicou que o próximo orçamento para 2019 poderá reajustar para outros valores o apoio à associação, após o “ajustamento” feito em 2018. “Temos um enorme respeito pelas associações e pelo trabalho que fazem no nosso município. Eu próprio venho da área associativa, no passado tive desempenhos na área do terceiro sector, sei o que é esse trabalho”, disse o edil melgacense. “Não houve nenhum retrocesso naquilo que consideramos ser o mérito do trabalho da associação. O CADO faz um trabalho excepcional de acompanhamento dos utentes com problemas do foro oncológico”, avaliou.

Sobre os cortes, Manoel Batista disse ao Voz de Melgaço que foi necessário “fazer um ajustamento neste ano, precisamente neste esforço que temos feito, de aumentar o leque de apoios às associações. Este ajustamento foi feito porque o ano passado, como era o primeiro ano da associação, sentimos que teria uma maior necessidade, não só na sua gestão operacional, mas também naquilo que era a componente de investimento”.

Ainda assim, o autarca admite não fechar a porta a novo ajuste, atendendo às necessidades da associação. O Orçamento Municipal para 2019 terá em consideração “rubricas orçamentais para voltar a ter condições de apoio às associações”.

A funcionar nas instalações do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Melgaço, o CADO surgiu em 2016. Apoia atualmente dez pessoas com doenças do foro oncológico. Ao longo da sua missão já viram partir alguns dos seus utentes, mas também já foram chegando novos pedidos de apoio a esta lista que a associação garante tratar com a maior discrição.

 

[Fotografia: Ilustrativa / Direitos Reservados]

 

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