O antigo Cine Pelicano, em Melgaço, vai tornar-se numa extensão do atual museu de cinema existente naquele concelho. A revelação foi feita pelo presidente da Câmara local, Manoel Batista, durante o programa televisivo É a Vida Alvim. “É um museu pequeno, mas cheio de coisas que devem ser vistas e visitadas. E que precisa de ser ampliado. Temos já para esse edifício do Cine Pelicano um projeto grande”, assegurou Batista.
O edifício foi adquirido e recuperado nos anos 30 do século passado por Hilário Alves Gonçalves, natural de Monção e comerciante em Melgaço. Ficou conhecido naquela época por Salão Pelicano. O mesmo que foi salão de bailes de carnaval, palco de revista ligeira, protagonizada pelo grupo de amadores Os Vinte Amigos de Monção, viria a ser inaugurado em 11 de abril de 1948 como Cine Pelicano, e exibiria assim os seus primeiros filmes.
Com a vaga de emigração dos anos sessenta, e a chegada também da televisão, o cinema perdeu clientes e depressa fechou portas. Em 1993 o edifício estava á venda e foi adquirido pelo fundador do Museu de Cinema de Melgaço, o francês Jean Loup Passek, que o ofereceu ao museu do qual tinha sido fundador. Ficou a aguardar obras.
O projeto desta recuperação, sabe a Rádio Vale do Minho, baseia-se numa filosofia de intervenção que pretende salvaguardar os testemunhos de outros tempos ao mesmo tempo que se pretende introduzir técnicas e materiais contemporâneos, assim como novas funcionalidades. “Pretende-se que o resultado final desta intervenção preserve a memória coletiva de um lugar e de uma população ancestral, sem deixar de ter um olhar atual, projetado no futuro, capaz de comunicar com as gerações mais novas, através de uma imagem clara e atrativa que chegue a todos”, garante a autarquia de Melgaço.
Imagem virtual daquele que poderá ser o futuro Museu do Cinema de Melgaço
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