Dia de festa na freguesia de Prado, em Melgaço. A menina Otília chegou esta quinta-feira aos 101 anos de vida.
Ao lado do filho, com 78 anos de idade, a jovem mostrou-se sorridente. Sempre conversadora e, com lucidez incrível, recordou a festa do ano passado na Junta de Freguesia.
Um dos convidados da festa de hoje foi, precisamente, o Presidente da Junta que em nome da autarquia ofereceu à centenária um ramo de flores.
[Fotografia: Cedida à Rádio Vale do Minho]
Otília sorria. Era ora de soprar velas… e brindar. Com espumante de Alvarinho, pois claro.
[Fotografia: Cedida à Rádio Vale do Minho]
Otília Guimarães Lima nasceu no dia 7 de dezembro de 1922. Apanhou ainda a reta final da pandemia da gripe penumónica.
Tinha apenas quatro anos quando Gomes da Costa marchou sobre Lisboa. Aos 11, viu Portugal cair na longa noite fascista. Atravessou uma guerra mundial.
Trabalhou no campo. Uma vida inteira dedicada à lavoura. Aos 52 anos, viu a Liberdade chegar ao País onde nasceu.
Na década de 90, viu partir a sua cara-metade que lhe deixou certamente o seu maior tesouro: o menino Joaquim.
“Ao longo dos anos tem demonstrado como é possível viver com simplicidade. Sempre preocupada com os outros, o amor que transborda pelo filho, pela família e pelo próximo não envelhece”, disse à Rádio Vale do Minho o Presidente da Junta da União de Freguesias de Prado e Remoães, Maximiano Gonçalves.
Felicidades à senhora. Só intervenho para dizer que a palavra “ora” neste contexto não é aplicável mas sim hora, na frase “era hora de soprar velas…”