“Escreve muito bem e não dá erros ortográficos”. Assim é a menina Julieta Gil, natural da freguesia da Vila, em Melgaço, que no passado sábado alcançou a invejável idade de 100 anos.
Continua autónoma. Precisa apenas das canadianas para andar, mas sempre com uma lucidez espantosa. “Não vê muita televisão. Gosta de fazer sopa de letras e também gosta muito de colorir aquelas imagens que aparecem nos livros infantis”, contou Maria Manuel, filha da centenária, à Rádio Vale do Minho.
Nasceu em 1922, já na reta final da pandemia da gripe pneumónica. Atravessou a II Guerra Mundial e viveu a Revolução dos Cravos.
Durante décadas, a jovem Julieta foi proprietária de uma mercearia em Melgaço. O estabelecimento ainda permanece na memória de muitos. “Graças a isso, continua a demonstrar boa capacidade no cálculo mental. Em contas simples não falha”, prosseguiu a filha.
Mas qual é o segredo para chegar a tão vetusta idade? “Penso que será genético”, respondeu Maria Manuel lembrando que a mãe teve uma irmã que chegou aos 104 anos. Faleceu recentemente.
Por agora, a menina Julieta vai dividindo os seus dias entre Melgaço e Caminha, onde vive com a filha. Segue os dias “sorridente e conhece as pessoas”.
Muitos parabéns à menina Julieta. O meu pai também nasceu na freguesia de Vila, se fosse vivo teria 103 anos, possivelmente conheceram-se. Muitas felicidades e muita saúde.