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Manuel Lopes: “O tempo dos Filipes já acabou! Abram as fronteiras!”

25 Maio, 2020 - 15:26

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PUB O presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, começa a perder a paciência com o Governo espanhol. Visivelmente preocupado com o comércio tradicional do concelho e inconformado com as […]

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O presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, começa a perder a paciência com o Governo espanhol. Visivelmente preocupado com o comércio tradicional do concelho e inconformado com as intenções do Executivo liderado por Pedro Sánchez, o autarca valenciano enviou esta segunda-feira recados a Madrid.

“O tempo dos Filipes já acabou! E eles [espanhóis] que não pensem que mandam sozinhos. Se a Alemanha, a Suiça, a França, a Áustria e a Itália já abriram as fronteiras porque é que eles ainda não abriram?”, atirou o autarca de Valença aos microfones da Rádio Vale do Minho.

A economia local, descreve Manuel Lopes, está a sofrer cada vez mais. “Temos urgentemente que dar vida às nossas lojas, à nossa restauração e à nossa hotelaria. Isto já mais parece os tempos do muro de Berlim quando as pessoas estavam confinadas”, comparou novamente o presidente da Câmara.

 

“Os galegos estão cheios de saudades nossas”

 

Assim como os alto-minhotos querem os galegos, também os do lado de lá estão “cheios de saudades nossas”, assegura o edil valenciano. E também eles reprovam a decisão de Pedro Sánchez em abrir fronteiras apenas em julho. “O próprio presidente da Junta Regional da Galiza, Alberto Núñez Feijóo, tem manifestado por diversas vezes a sua indignação ao Governo espanhol devido à não reabertura das fronteiras com Portugal”, recordou Manuel Lopes.

Entretanto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho pediu ao Governo a reabertura de novos pontos de passagem na fronteira com a Galiza, para permitir “um relacionamento mais intenso” entre as duas regiões. “Esperemos que o Governo tome medidas o mais breve possível”, disse Manuel Lopes.

controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23h00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada, devido à pandemia da COVID-19.

Os pontos de fronteira em funcionamento são Valença-Tuy, Vila Verde da Raia-Verín, Quintanilha-San Vitero, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro, Termas de Monfortinho-Cilleros, Marvão-Valência de Alcântara, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e Castro Marim-Ayamonte.

No âmbito do controlo das fronteiras, estão impedidas as deslocações turísticas e de lazer entre os dois países, sendo apenas permitida circulação de transportes de mercadorias e de trabalhadores transfronteiriços.

 

Valença sem casos ativos “mas não podemos baixar a fasquia”

 

Sem qualquer caso ativo de infeção pela COVID-19 no concelho, Manuel Lopes mostra-se evidentemente muito satisfeito. No entanto deixa avisos à população.

“Não podemos baixar a fasquia. Os cuidados terão de continuar a ser redobrados. Tanto estamos bem como podemos voltar a estar mal de um momento para o outro”, alertou.

Questionado sobre a possibilidade de uma segunda vaga desta nova doença, Manuel Lopes mostra-se otimista e acredita que não vai acontecer. “Se houver, será muito insignificante. As pessoas estão consciencializadas e muito mais protegidas”, justificou.

Valença, recorde-se, soma atualmente 13 casos confirmados de infeção pela COVID-19. Todos estes casos recuperados.

 

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