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Alto Minho

Mais de 40 ninhos de vespa asiática detetados

10 Janeiro, 2013 - 08:23

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Os apicultores do Alto Minho detetaram nas últimas semanas mais de 40 ninhos de uma vespa asiática que ameaça a produção de mel, admitiu a associação do setor da região.

Os apicultores do Alto Minho detetaram nas últimas semanas mais de 40 ninhos de uma vespa asiática que ameaça a produção de mel, admitiu a associação do setor da região.

“Temos receio que seja apenas a ponta do icebergue. Nesta altura, em toda a região [do Alto Minho], foram detetados mais de 40 ninhos de vespa asiática. Destes, 22 são no concelho de Viana do Castelo”, explicou Miguel Maia.

Segundo este técnico da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL), a vespa velutina, de origem asiática, é considerada uma predadora “mais perigosa” do que a espécie autóctone nacional, sendo conhecida por atacar as colmeias.

Além de Viana do Castelo, a presença desta vespa é já sentida também em concelhos como Barcelos, Esposende, Vila Verde, Ponte de Lima, Caminha e Vila Nova de Cerveira, entre outros.

“A tendência é para agravar em 2013, tal como já sucedeu antes noutros pontos da Europa. A história não será diferente e estes casos deverão aumentar, em termos de quantidade e área”, acrescentou o técnico.

Além do problema da biodiversidade, ao “prejudicar a alimentação” de outras espécies, trata-se de uma vespa “mais agressiva”. “Faz com que as abelhas não saíam para procurar alimento, porque estão a ser atacadas, enfraquecendo assim as colmeias, que acabam por morrer”, disse ainda.

No concelho de Viana do Castelo, que representa a principal porta de dispersão desta espécie em território nacional, já foram detetados ninhos de vespa asiática no centro da cidade, apesar de não constituir um “perigo imediato” para os seres humanos.

“Só se forem lá mexer. Quanto às consequências na produção de mel ainda é cedo para dizer o grau de gravidade do problema, mas o certo é que no país Basco, em Espanha, é já muito sério”, admitiu Miguel Maia. Na região, acrescentou, “ainda” não existem casos de apicultores a queixarem-se de ataques da vespa às colmeias.

Entretanto, vários produtores estão a colocar, junto aos apiários, armadilhas artesanais recorrendo a iscos como cerveja, vinho branco ou sardinhas, de forma a capturar as chamadas “vespas fundadoras” destes ninhos mas sem chamar a “atenção” das abelhas.

Segundo a APIMIL, a vespa velutina é originária do sudoeste da Ásia e foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, no ano de 2004. “De então para cá, já conquistou um terço do território francês e colonizou parte do norte de Espanha, em 2010. No ano seguinte a presença foi detetada em Portugal”, explica a associação.

Os técnicos assumem ser para já “impossível” erradicar esta espécie. “Mas desacelerar a sua progressão e diminuir o seu impacto, é uma tarefa possível através da destruição de ninhos e colocação de armadilhas”, sublinham.

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