O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira classifica de "trapalhada" a forma como o processo da reforma administrativa local está a ser conduzido pelo Governo.
José Manuel Carpinteira diz que o documento verde "não vale nada", e aguarda a apresentação, no início do próximo ano, de um projecto-lei, para que depois toda esta reformulação possa ser "verdadeiramente" discutida.
O autarca cerveirense reitera a sua posição contra uma medida tomada "em secretaria".
O autarca cerveirense questiona se a poupança prevista pelo executivo de Passos Coelho com a extinção de freguesias vale a pena. José Manuel Carpinteira fez as contas e explica que as juntas de freguesias em termos de despesa do Estado são uma "gota no oceano", representando 0,1% do orçamento geral. Por isso, o também presidente da Federação Distrital socialista salienta que a aposta devia recair sobre o associativismo das freguesias.
O documento verde propõe para Vila Nova de Cerveira a permanência de cinco das 15 freguesias, propondo a agregação ou extinção das restantes. José Manuel Carpinteira acredita que o cenário vai alterar-se, porque não haverá entendimento das freguesias.
José Manuel Carpinteira não acredita que até Julho o processo de reforma administrativa local esteja concluído, e aguarda por um projecto-lei para falar "a sério" sobre esta matéria. Acusa ainda o ministro Miguel Relvas de querer ficar para a história como o "reformador".
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