Cumprimentos de mão, alguns sorrisos, saudações formais e as típicas ‘palmadinhas’ nas costas. Os candidatos da coligação ‘Portugal à Frente’ (PSD/CDS-PP) e do PS por Viana do Castelo cruzaram-se esta quinta-feira na Feira Semanal de Monção. Na reta final da campanha eleitoral, as duas forças políticas apelaram ao voto no berço do Alvarinho. De banca em banca, os candidatos socialistas distribuíam sorrisos, esferográficas e o programa eleitoral do partido. “A campanha está a correr muito bem. Basta ver nas ruas o apoio, a simpatia das pessoas e a vontade de mudança. De fazer diferente. E a única alternativa que pode restabelecer a esperança é o voto inequívoco e maioritário no PS”, disse à Vale do Minho Tiago Brandão Rodrigues. Mais uma esferográfica, mais um abraço e uma saudação à distância. De passo firme, o cabeça-de-lista mostra-se optimista para as eleições do próximo domingo. “Estamos confiantes de que o PS, a nível nacional, vai ter um muito bom resultado. Também aqui no Alto Minho vamos subir a nossa votação e eleger mais deputados do que aqueles que tivemos na última eleição. O PS é o único partido que verdadeiramente pode governar e que tem um líder de confiança. António Costa é alguém que sabe o que quer para Portugal. Tem experiência e provas dadas”, realçou o candidato natural de Paredes de Coura.
A campanha eleitoral no distrito ficou já marcada pela não comparência do cabeça-de-lista pela coligação PSD/CDS-PP aos debates políticos agendados. Carlos Abreu Amorim já veio a público justificar esta ausência com a não aceitação da presença dos dois candidatos em simultâneo [Carlos Abreu Amorim e Abel Batista]. A resposta não convence os socialistas e Tiago Brandão Rodrigues lamenta que “a coligação PSD/CDS-PP se demita de participar no jogo democrático. O que eles querem, basicamente, é que o PS jogue ‘ping-pong’ estando eu de um lado e dois jogadores do outro lado. Quiseram com isso condicionar os órgãos de comunicação social e a opinião pública”. O candidato socialista recorreu à gíria do futebol e disse que “queriam que jogássemos 11 contra 22 e que o árbitro fosse deles”.
De baterias apontadas à direita, Tiago Brandão Rodrigues não poupou nas críticas. “O PSD e o CDS não apresentaram propostas. O facto de eles estarem ou não nos debates iria elucidar a mesma coisa: nada. Eles não têm nem querem ter uma mensagem clara”, disparou o candidato socialista. “Querem única e simplesmente esconder-se e não mostrar aquilo que não fizeram”, finalizou.
Coligação confiante num “excelente resultado”
À direita, muitos sorrisos e também os habituais abraços e cumprimentos a todos os que por ali passavam. Entre beijinhos e esferográficas, os candidatos da coligação ‘Portugal à Frente’ apelavam ao voto dos monçanenses. Descontraído, sorridente e de gestos animados, Carlos Abreu Amorim referiu que a campanha eleitoral superou as expetativas. “A receção tem sido melhor do que esperávamos. A simpatia das pessoas está a ser muito maior do que aquela que tivemos há quatro anos. Nesse sentido, espero um excelente resultado, que passa por ter mais votos e mais deputados”, disse o cabeça-de-lista à Vale do Minho.
O anunciado “ponto final na instabilidade” do Agrupamento de Escolas de Monção feito pela vereação do PSD marcou a atualidade informativa desta quinta-feira. Para Carlos Abreu Amorim, esta foi “uma vitória da coragem, da persistência e da coerência de António Barbosa [vereador]. Estava colocado numa posição muito difícil, a defender o interesse do seu concelho numa história com muitas inverdades à mistura. António Barbosa soube sempre defender o interesse da Educação e da comunidade educativa de Monção. Ainda bem que a questão se resolveu a contento de todos”, concluiu.
Bloco de Esquerda não perdoa falta da Coligação aos debates
Momentos mais tarde, os candidatos pelo Bloco de Esquerda deram também entrada na feira semanal de Monção. À rádio Vale do Minho, o cabeça-de-lista disse que “a campanha está a correr bem. Temos tido boa recetividade. Estamos a ter um bom contacto com as pessoas e isso é sempre importante”.
Recorde-se que Jorge Teixeira, aos microfones da Vale do Minho, fez também duras críticas à coligação ‘Portugal à Frente’ por não ter comparecido aos debates políticos agendados. “Há coligações há muito tempo. A CDU, por exemplo, nunca exigiu dois candidatos. A Coligação [PSD/CDS-PP] não tem um programa e portanto não tem nada para discutir. A única coisa que pode discutir é aquilo que não quer: o mandato que realizaram. Percebo bem a estratégia, mas acho que os vianenses também vão perceber”, finalizou o candidato bloquista.
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