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Alto Minho

Lanhelas é o clube sensação que ‘arrasta’ a freguesia para os estádios

23 Fevereiro, 2013 - 14:24

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Depois de 13 anos de inactividade, este clube do concelho de Caminha regressou aos relvados na época anterior, e este ano é a colectividade sensação do distrito de Viana do Castelo. Duplamente. Por um lado, porque a maioria dos atletas são da terra, e por outro porque tem uma enorme assistência de fazer “inveja” aos adversários.

Amor à camisola e apoio incondicional. Dois factores subjacentes ao desporto. Dois ingredientes que fazem do Lanhelas uma receita de sucesso.

Depois de 13 anos de inactividade, este clube do concelho de Caminha regressou aos relvados na época anterior, e este ano é a colectividade sensação do distrito de Viana do Castelo. Duplamente. Por um lado, porque a maioria dos atletas são da terra, e por outro porque tem uma enorme assistência de fazer “inveja” aos adversários.

A RVM esteve à conversa com o presidente da Assembleia-Geral do Lanhelas, João Alberto, que explicou que foram os próprios jovens lanhelenses que andavam dispersos por outros clubes que impulsionaram a reactivação do Lanhelas.

Depois de um ano zero, esta época 2012/2014, a equipa ocupa os lugares cimeiros do campeonato da I Divisão da Associação de Futebol de Viana do Castelo, aspirando a uma subida.

Além dos bons resultados, uma das imagens de marca deste clube são os sócios e simpatizantes. Caso único no Alto Minho. Numa altura em que se fala de estádios sem adeptos, o Lanhelas contrapõe, fruto de um certo “bairrismo”. Em casa, regista-se uma média de 400 pessoas. Fora, a mobilização também é forte. Em números, o Lanhelas tem inscritos 565 pessoas, mas pagantes rondam os 300, numa freguesia com cerca de mil pessoas.

João Alberto não tem dúvidas, “todos os clubes ficam a ganhar ao jogar com o Lanhelas”, nomeadamente na bilheteira.

Claro que esta assistência também eleva as responsabilidades. O presidente da Assembleia-Geral sublinha que a ideia inicial era atingir os melhores resultados, mas querem dar uma “grande” alegria aos conterrâneos, ou seja, ficar em segundo lugar para subir.

Neste momento, o Lanhelas encontra-se em quarto lugar na tabela classificativa, com os mesmos pontos que o Perre, e a um do segundo lugar, os Arcos.

A própria política de gestão assumida por esta direção é também ela muito ‘sui generis’. Os jogadores não recebem qualquer vencimento pela sua prestação no clube, até mesmo os quatro que não são de Lanhelas “para não haver injustiças e a criar mau ambiente”.

Contudo, o reconhecimento não é esquecido e, em cada três vitórias consecutivas, é-lhes oferecido um jantar.

Não há segredo para este sucesso imediato, apenas criar um espírito de união entre direção, jogadores e massa associativa, tendo em conta a velha máxima de que “não se pode prometer aquilo que não se pode cumprir”.

Quanto a projetos futuros, João Alberto fala num relvado sintético que continua na gaveta aguardar financiamento e na próxima época inscrever o escalão de benjamins na Associação de Futebol de Viana do Castelo.

Recorde-se que a fundação do Lanhelas remonta a 1925, tendo os melhores anos na década de 80, com alguns trofeus ganhos e até mesmo uma participação na taça de Portugal, em 1985.

Este domingo, o Lanhelas promete ter casa cheia para jogar com o Chafé.

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