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Vale do Minho

Lampreia: Vale do Minho «aquece motores» para saborear o pitéu

11 Janeiro, 2017 - 03:46

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De 15 de janeiro a 15 abril, os restaurantes do Vale do Minho elegem a lampreia Rainha e fazem dela os mais saborosos pratos.

As cozinhas do Vale do Minho começam a aprontar-se para confecionar um dos pratos mais apreciados da região. A época da lampreia está prestes a começar e, à semelhança dos outros anos, a enchente nos restaurantes torna-se previsível. De 15 de janeiro a 15 abril, os restaurantes do Vale do Minho elegem a lampreia Rainha e fazem dela os mais saborosos pratos. Todos os fins-de-semana haverá degustações especiais: as câmaras municipais de Melgaço, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Valença e Monção, em parceria com a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (ADRIMINHO) e com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal, promovem uma vez mais a iniciativa ‘Lampreia do Rio Minho – um prato de excelência’.
Em Melgaço, diversos estabelecimentos no concelho têm vindo a apostar na diversificação dos pratos de lampreia, desde ensopada no molho do seu próprio sangue, a maneira mais habitual de a preparar, com arroz ou estufada; marinada em vinho verde tinto; ensopada e servida com pão frito; de cabidela; ou à bordalesa… Este ano, em Melgaço, a iniciativa conta com a participação de 14 restaurantes: Adega do Sabino, Adega do Sossego, Castrum Villae, Chafarix, Foral de Melgaço, Mini – Zip, O Adérito, Paris, Boavista, Tasquinha da Portela, Verde Minho, Inês Negra, Casa Real e o Brandeiro.
Para além de saborearem a iguaria, acompanhada pelo ex-libris da região, o vinho ou espumante Alvarinho, os participantes têm ainda ao seu dispor um programa de animação com diversas atividades que lhes permitirá descobrir a riqueza patrimonial e paisagística do Município Mais a Norte de Portugal, tais como: a Rota da Lampreia do Rio do Minho, através de várias ações; atividades de montanha; passeio pedestre interpretado sobre o lobo ibérico; Rafting; visitas e provas gratuitas de vinhos nas adegas aderentes à Rota do vinho Alvarinho e no Solar do Alvarinho; degustação de produtos tradicionais no concelho, com visita aos locais; e visitas aos espaços museológicos integrados na Rede Melgaço Museus – Torre de Menagem, Museu de Cinema, Núcleo de Castro Laboreiro e Espaço Memória e Fronteira, locais com valiosíssimas coleções, que proporcionam uma visão integrada da Cultura e Património que é imprescindível no panorama de Melgaço.

Rali à Lampreia vai ser “quarentão”

Dizem que “é aos quarenta que tudo começa”. Para fazer jus a isso, já aparece no horizonte a 40ª edição do Rali à Lampreia que deverá ser o ponto mais alto da programação do Município de Monção durante estes três meses de promoção da especialidade gastronómica. Trata-se de uma prova de perícia automóvel que tem habitualmente lugar na Praça Deu-la-Deu Martins, centro histórico da localidade raiana.
No ano passado, a autarquia vai investiu neste programa de promoção à Lampreia cerca de 29 mil euros. Contou com a adesão de 28 restaurantes do concelho.
Em Valença, a lampreia também se prepara para mandar nas mesas dos restaurantes. Em meados de março, na localidade de São Pedro da Torre, espera-se a 8ª edição do Festival Gastronómico “Sabores da Lampreia”. Um evento que promete, uma vez mais, dar a conhecer e a provar aos visitantes as mais variadas formas de confeccionar este prato típico da região. Em declarações à Rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara considera que é uma excelente oportunidade económica sobretudo para a comunidade piscatória daquela zona. “É também uma excelente oportunidade para a restauração em geral e para todos os que nos visitam”, realçou Jorge Mendes.

Promover o prato junto dos mais jovens e mais atenção aos preços

A época da lampreia do ano passado ficou também marcada pelo alerta deixado pelo Rotary Club de Monção no sentido de promover a lampreia junto dos mais jovens. Em declarações à Rádio Vale do Minho, o presidente do Rotary monçanense em exercício na altura mostrou-se preocupado com a pouca saída deste prato na juventude. “É preciso recriar e fazer pratos mais apetecíveis para as camadas jovens. Há poucos jovens a comer lampreia”, considerou Manuel Cunha. “É um prato que precisa de ser mais cuidado e de ser tornado mais apetecível, por forma a que a lampreia não seja apenas consumida por gente acima dos 40/50 anos”.
Manuel Cunha, à semelhança de vários autarcas, apelou também à moderação nos preços. “Há restaurantes onde a lampreia chega aos 50 ou 60 euros. Cabe ao setor praticar preços mais acessíveis para que as pessoas venham cá e para que a vila volte a ser visitada”, concluiu.

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