O uso do colete de salvação nas pesqueiras do Rio Minho vai ser obrigatório a partir do próximo dia 15 de fevereiro. Recorde-se que esta medida foi aprovada em junho do ano passado na sequência de dois acidentes mortais naquele rio, envolvendo aquelas estruturas onde são colocadas as redes para a captura da lampreia.
Um dos casos ocorreu em fevereiro do ano passado, com um pescador de 56 anos de idade, de Messegães, em Monção e, o outro, em abril, vitimou um homem de 67 anos, de Alvaredo, Melgaço.
De acordo com dados recentes do Porto de Caminha, estão registadas no lado português do rio Minho 660 pesqueiras, sendo 130 estão ativas, sendo que não é permitida a criação de novas estruturas.
Em Portugal existem várias espécies de lampreias. A lampreia do rio Minho está entre as mais apreciadas. No entanto, este ciclóstomo é um migrador anádromo: vive no mar e reproduz-se nos rios. A distribuição no oceano Atlântico estende-se da América do Norte ao Sul da Europa, ocorrendo ainda no Leste do mar Mediterrâneo. Cada fêmea gera milhares de ovos pequenos. As famosas ovas de lampreia, também muito apreciadas.
No Vale do Minho, a época de degustação da lampreia deverá iniciar a 15 de janeiro prologando-se até meados de abril. Dezenas de restaurantes de Caminha, Melgaço, Monção, Valença, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira vão servir este prato, numa altura em que o fluxo de visitantes aumenta, sobretudo na restauração.
[Fotografia: Mundo Português]
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