Junta de freguesia de São Pedro da Torre dita decisão sobre manutenção ou não do aterro no próximo domingo

A Junta de Freguesia de São Pedro da Torre em Valença deverá apresentar no próximo domingo a decisão final sobre a manutenção ou não do aterro do Vale do Minho, naquela freguesia. Recorde-se que neste domingo a população foi chamada a tomar uma posição quanto ao futuro daquela estrutura. O presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, explica que estava à espera de mais pessoas, uma vez que a sessão totalizou 45 elementos da freguesia, apenas dez contra a manutenção da localização do aterro. Sobre decisões, o presidente da Câmara de Valença refere que vai ter em linha de conta as orientações da junta de freguesia de São Pedro da Torre. Apesar de já concluídos os estudos técnicos, aprovado o projecto e a licença ambiental da nova localização da estrutura para a freguesia de Cornes, no municipio vizinho de Vila Nova de Cerveira, o executivo valenciano, a junta de freguesia de São Pedro da Torre e a Valorminho estão a ponderar a possibilidade de o aterro que serve esta região permanecer na mesma localidade.
Em causa está o facto da mudança praticamente não existir, dado que a nova localização fica a meros 400 metros da actual.
Numa espécie de contra-relógio, o presidente da Câmara de Valença explica que esta decisão tem de ser tomada até Outubro, e cabe "unica e exclusivamente à população".
Há doze anos instalado na freguesia de São Pedro da Torre, concelho de Valença, o aterro do vale do Minho já devia ter sido rodado há dois, para o concelho de Vila Nova de Cerveira. Devido a burocracias e indefinições na nova localização, o processo foi sofrendo atrasos e agora que está tudo encaminhado para ser Cornes a acolher a estrutura por um período de dez anos, está em cima da mesa a hipótese de o aterro continuar instalado no mesmo local.
A ficar com o aterro por mais uns anos, a junta ganha algumas contrapartidas financeiras. De recordar, que o aterro do Vale do Minho serve seis municipios – Melgaço, Monção, Valença, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Caminha – e está sujeito a um processo de rotatividade, de dez em dez anos, por estes concelhos, ou esteja esgotado. Neste momento, o actual aterro de São Pedro da Torre está a 70 porcento, tendo ainda capacidade para receber resíduos por mais alguns anos.