Jornadas dedicadas a São Teotónio vão abordar a questão da crise

O arciprestado de Monção associa-se às comemorações jubiliares dos 850 anos da morte de São Teotónio com uma nova edição das Jornadas Teotonianas, este fim-de-semana, desta feita dedicadas à problemática global da crise.

O arcipreste local explica que, numa altura em que tanto se fala de crise, este espaço de reflexão e de encontro de soluções, não podia deixar passar em branco esta temática.
No entanto, Avelino Felgueiras Marques critica o fato de ninguém referir a chamada ‘crise de valores’, provocada por uma sociedade cada vez “mais individualista e consumista”.

A iniciativa pretende ser um contributo para tornar presente a memória desta figura e deixar o desafio do retorno de valores como meio de superar a crise.

São três dias de jornadas, em que a grande novidade reside no segundo dia. A organização decidiu alterar o formato, e apostar numa representação teatral. O Salão Paroquial de Monção recebe, no dia 18, o grupo amador de teatro ‘Verde-Vejo’, da freguesia de Verdoejo, do concelho de Valença, para ilustrar a vida do primeio santo português.

Avelino Felgueiras Marques diz que se trata de uma forma de cativar mais pessoas, e de passar uma mensagem de vida de São Teotónio, que deve “ser espelhada” nos dias que correm.

A possibilidade de uma parceria entre os arciprestados de Monção e Valença na concretização desta 23ª edição das Jornadas Teotonianas ainda esteve em cima da mesa, mas não se concretizou. No entanto, pode vir a acontecer no próximo ano.

Na abertura destas jornadas culturais, o bispo auxiliar de Braga, D. Manuel Linda, vai abordar o sub-tema “A crise financeira, crise de valores”. No sábado, 18, festa litúrgica de São Teotónio, tem lugar uma representação teatral da vida de São Teotónio, e no dia de encerramento, a 19, destaque para a intervenção de José Carlos Miranda, professor catedrática, que abordará “A memória de São Teotónio e o futuro de valores”. Tanto a abertura como o encerramento contarão com a presença do bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira.

Estas jornadas teotonianas, com mais de duas décadas, nasceram pela mão do então reitor do seminário Diocesano e atual bispo de Portalegre, em Castelo Branco, D. Antonino Dias, para homenegear São Teotónio, natural de Valença.