Mais de um ano depois do caldo verde do Vale do Minho ter sido eleito uma das “7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal”, o historiador e cozinheiro valenciano, João Guterres, lamenta que nada tenha sido feito para tirar partido desse reconhecimento.
Recorde-se que João Guterres ia apresentar a candidatura do Caldo Verde de Valença, mas acabou por cedê-la à Adriminho, “para ter um maior impacto e concorrendo de forma transversal, pelo Vale do Minho”.
João Guterres sublinha que a constituição de um roteiro gastronómico do Vale do Minho e a promoção conjunta dos municípios desta região em território espanhol “era barata, mas com muito retorno turístico e económico muito grande”.
João Guterres lembra que as entidades não podem esquecer-se que a gastronomia move muitos setores, mas é preciso uma oferta atrativa, cativando os turistas a voltarem.
De resto, e depois da melhor sopa de Portugal, o grande mestre da cozinha valenciana está a levar longe o bom nome da gastronomia concelhia ao ficar apurado para a segunda fase do concurso “A melhor receita de Portugal pode ser a sua”, organizado pela RTP e Correio da Manhã.
João Guterres esta seleccionado entre 40, sendo o único a passar com três receitas: Borrachinhos de Valença, Lampreia Estufada de Valença e Anho Assado de Valença.
João Guterres diz-se satisfeito e confiante que um dos três pratos pode chegar à final.
Valença pode ter a melhor receita de Portugal, com João Guterres a ficar bem posicionado no concurso nacional “Mesa dos Portugueses”, que tem como objectivo a recolha das melhores receitas regionais e estimular a confecção de pratos com produtos de origem portuguesa.
Menos satisfeito está com o esquecimento em torno do caldo verde, e da ausência de iniciativas que valorizem este prato e dinamizem a atividade turística da região.
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