O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) espera que, dentro de "meio ano", possa ter uma resposta do Governo sobre a candidatura que eleva o cavalo garrano a Património Nacional. Recorde-se que a candidatura foi apresentada, este domingo, ao Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, no I Congresso Internacional do Garrano, que decorreu em Arcos de Valdevez. Abrangendo simultaneamente uma vertente cultural e ambiental, a candidatura será avaliada pela Secretaria de Estado da Cultura e pelo Ministério da Agricultura.
Com esta intenção, a escola superior vianense pretende "salvaguardar o património genético" da raça garrana, preservando e valorizando a espécie. Confrontado com as 15 queixas feitas à GNR, este ano, devido a danos provocados por garranos, o vice-presidente do IPVC refere apenas que esta candidatura servirá precisamente para reforçar a protecção de cavalos e agricultores do alto-minhoto. Nuno Brito diz, no entanto, que é preciso saber identificar o garrano, sendo que nem todo cavalo em regime de liberdade integra esta espécie.
A GNR recebeu este ano, em todo o distrito de Viana do Castelo, 15 queixas, por estragos provocados pelos garranos. Os dados, registados até 31 de Agosto, referem-se ao concelho de Melgaço (2), Vila Nova de Cerveira (1), Arcos de Valdevez (1), Viana do Castelo (6) e Ponte de Lima (5). Segundo aquela força de segurança, em 2011, não há registo de qualquer caso de abate ilegal de garranos. A última situação remonta a outubro de 2010, com quatros cavalos abatidos no concelho de Arcos de Valdevez.
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