“Para o concelho de Monção, não houve um cêntimo”. As palavras foram ditas pelo presidente da Câmara de Monção, António Barbosa, à revista Vale Mais. É este o balanço, até agora, do que chega até ao berço do Alvarinho a partir de Lisboa após os incêndios do passado dia 15 de outubro. Isto numa altura em que o Governo anunciou que vai disponibilizar uma linha de crédito para a reconstrução de segundas habitações que arderam nos incêndios do ano passado. São dez milhões de euros.
No concelho de Monção, recorda a mesma publicação, das cinco habitações de primeira habitação que ficaram destruídas pelo grande incêndio de que este foi vítima, em 15 de outubro último, só uma, na freguesia de Merufe, foi reconstruída. Isto “a expensas próprias da próprias da proprietária que, de parcos recursos, está à espera de ser ressarcida”, conta a Vale Mais. Nas quase três centenas de devolutas ou 2ª habitação, também não houve apoio.
Relativamente às limpezas das matas para o verão que está prestes a chegar, observa, já efetuou “limpeza das nossas faixas de gestão de combustível”.
Os incêndios de 15 de outubro do ano passado, resultaram – só no concelho de Monção – numa área ardida de 4.300 hectares, tendo sido atingidas 20 das 33 freguesias (antiga denominação administrativa) durante o período crítico de incêndios que teve início na noite de sábado e terminou na manhã de segunda-feira.
Além de animais mortos e alfaias agrícolas destruídas, contabilizaram-se 5 casas de primeira habitação ardidas mais um anexo com recheio de habitação, 28 edifícios devolutos, 51 anexos de apoio à agricultura e algumas empresas dedicadas à transformação de madeira e de pedra. Foram afetados 15 postos de trabalho.
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