Aconteceu no dia 24 de julho de 2013. Eram 20h39 quando o comboio de alta velocidade, do serviço Alvia, se aproximava da estação de Santiago de Compostela.
De acordo com o La Voz de Galicia, circulava a 199 Km/h. O experiente maquinista, com 52 anos de idade, tinha 222 pessoas a bordo – 218 passageiros e quatro membros da tripulação.
Antes de uma curva apertada, o comboio deveria reduzir para 80 Km/h. Só que a velocidade era de 195 Km/h.
O maquinista puxou o travão de emergência, mas já era tarde. A tragédia aconteceu.
O comboio descarrilou a uma velocidade de 179 Km/h. No total, 80 pessoas morreram e 147 pessoas ficaram feridas. Era o “pior dia da Galiza”, conforme lhe chama a imprensa.
Sequência do acidente captada por imagens de videovigilância
[Fonte: DR]
Sete dias de luto
O acidente ocorreu na véspera do Dia Nacional da Galiza (Dia de Santiago). Os festejos foram cancelados. A Junta da Galiza decretou sete dias de luto.
Em número de vítimas, este foi o terceiro mais grave acidente da história ferroviária em Espanha e o primeiro com mortes nas linhas de alta velocidade do país.
Uma década depois, entre os sobreviventes, ficaram passageiros que sofreram graves lesões. Outros ainda choram familiares perdidos naquela tragédia.
[Fotografia: DR]
Entre sucessivas acusações e defesas, o caso segue ainda pelos corredores dos tribunais. Um processo tão complexo que é “o maior de toda a história da Galiza”.
Em números, envolve 500 prejudicados, 154 acusações, 110 advogados, 47 procurados, o Ministério Público e a própria juíza que um dia irá proferir a sentença.
Entretanto, esta segunda-feira, vários sobreviventes da tragédia vão concentrar-se no local do acidente pelas 11h30 (10h30) em Portugal. Continuam a pedir responsabilidades pelo sucedido.
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