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Mundo

Guerra: Ameaça nuclear de Putin faz disparar procura deste medicamento

5 Março, 2022 - 19:03

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Guerra.

A invasão russa da Ucrânia e o facto de o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter lançado recentemente a carta da ameaça nuclear fez disparar a procura por comprimidos de iodo para radiação na Europa, avança o jornal Público,

 

“Nos últimos seis dias, as farmácias búlgaras venderam tanto [iodo] quanto vendem num ano”, explicou à Reuters Nikolay Kostov, presidente do Sindicato das Farmácias da Bulgária. “Algumas farmácias já não têm stock. Encomendamos mais quantidades, mas temo que não durem muito tempo”, acrescentou.

 

Na Polónia, dá ainda conta o Público, o número de farmácias que vendem iodo mais do que duplicou. Os números são baseados num site polaco que ajuda os pacientes a encontrarem a farmácia mais perto de si que venda um determinado medicamento.

 

“Dados internos do nosso site mostram que o interesse pelo iodo aumentou cerca de 50 vezes desde a última quinta-feira”, afirmou também à Reuters Bartlomiej Owczarek, co-fundador do site.

 

Refere ainda aquele jornal que, o Sindicato dos Farmacêuticos da Bélgica revelou à agência de notícias Belga que mais de 30.000 caixas de comprimidos de iodo foram distribuídas na segunda-feira, sendo que as farmácias belgas estão a dispensar gratuitamente os comprimidos aos cidadãos nacionais.

 

A procura pelos comprimidos de iodo também aumentou na Finlândia e Holanda, tendo algumas farmácias esgotado o stock.

 

No entanto, alerta o Público, os especialistas em medicina nuclear destacam que comprimidos só devem ser tomados de acordo com as recomendações das autoridades de saúde pública e que a sua ingestão pode ser “contraproducente” e “potencialmente tóxica” para pessoas com mais de 40 anos.

 

 

Venda de comprimidos de iodo para radiação a disparar em toda a Europa

[Fotografia: DR]

 

 

 

Afinal qual é o propósito destes comprimidos?

Explica o site Globo na rubrica Bem Estar que “o corpo humano não produz iodo e, para obter esse mineral essencial para o organismo, precisa de ajuda externa. Ele é adquirido por meio da alimentação e usado pela glândula tiróide na produção de hormonas que controlam diversas funções e atuam, até mesmo, no desenvolvimento do cérebro”.

 

“No caso de um acidente nuclear, o iodo radioativo é uma das primeiras substâncias que escapam. Ele pode ser absorvido pelo ar, alimentos e até mesmo pela pele, e é armazenado naturalmente na tireoide. O iodo radioativo é cancerígeno e ataca as células do tecido desta glândula”, prossegue.

 

“Se o iodo bom for administrado de forma suficiente, não haverá, portanto, espaço na tireoide para o iodo prejudicial (radioativo). Ao não conseguir acumular-se na glândula, a substância é eliminada pelos rins”.

 

Porém, alerta este portal, “é inútil” tomar estes comprimidos de forma preventiva, ou seja, antes de um acidente nuclear.

 

“A tiróide armazena o mineral apenas por um determinado período. A ingestão desnecessária deste mineral em doses elevadas pode ser até perigosa”.

 

 

[Fotografia: Ilustrativa/DR]

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