Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) estão encerrados desde as 08:00 de hoje, com uma adesão à greve geral convocada pela CGTP que ronda os 100%, disse à Lusa fonte do piquete de greve.
A fonte do piquete de greve instalado à porta da empresa disse que nenhum dos cerca de 630 trabalhadores dos ENVC apareceu ao serviço esta manhã.
Acrescentou que entraram nos estaleiros apenas dois trabalhadores, que pertencem aos serviços médicos e que integram uma empresa externa.
Nesta altura, decorrem nos estaleiros os trabalhos de conclusão do segundo navio patrulha da Marinha, cuja entrega está agendada para o próximo verão.
“Além de lutar pelos direitos dos trabalhadores, esta é também uma forma de protesto contra a venda ao desbarato da nossa empresa”, disse uma fonte da comissão de trabalhadores dos ENVC, a propósito do processo de reprivatização em curso.
Em Viana do Castelo, ao início da manhã, faziam-se sentir os efeitos da greve geral sobretudo nos transportes.
Segundo fonte da União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC), não estão a ser asseguradas ligações ferroviárias no distrito.
Pelas 08:00, a estação de caminhos de ferro de Viana do Castelo estava mesmo encerrada, o mesmo acontecendo com o interface de transportes, gerido pelo município de Viana do Castelo.
Este equipamento público apoia o serviço de autocarros que chegam e partem da cidade pelo que o seu encerramento está a obrigar à entrada e saída de passageiros no exterior.
A USVC admitiu ainda o encerramento do balcão principal da Caixa Geral de Depósitos em Viana do Castelo, o mesmo acontecendo com a fábrica de armas do grupo Browning, que emprega mais de 300 trabalhadores.
No concelho de Viana do Castelo, a adesão à greve nos serviços de recolha de lixo ronda os 85%, ainda de acordo com a USVC.
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