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Viana do Castelo

“Grândola” cantada em protesto contra encerramento dos Correios de Lanheses

31 Maio, 2013 - 08:51

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Cerca de uma centena de populares de Lanheses, em Viana do Castelo, protestaram ontem ao som de “Grândola Vila Morena” contra a transferência do serviço de correios dos CTT para um agente privado local.

Cerca de uma centena de populares de Lanheses, em Viana do Castelo, protestaram ontem ao som de “Grândola Vila Morena” contra a transferência do serviço de correios dos CTT para um agente privado local.

“Este serviço tem de ser mantido como público e a Junta está na disponibilidade de ceder um espaço, mas sem ter encargos com funcionários. Essa não é a nossa competência, muito menos quando a empresa está para ser privatizada. Se for nessa base, estamos disponíveis para negociar com os CTT”, afirmou à Lusa o autarca de Lanheses, Ezequiel Vale.

Pela segunda vez em dois anos, a população daquela freguesia de Viana do Castelo saiu à rua em protesto contra o encerramento da estação local dos CTT, recordando que esta serve 12 localidades, também do vizinho município de Ponte de Lima.

Em julho de 2011 a mesma mudança, prevista na altura, acabou por não se concretizar.

Já o protesto de ontem decorreu à porta da estação de correios da vila, encerrada por “questões de segurança” conforme aviso colocado à porta durante todo o dia, apesar de a manifestação só ter começado pelas 18:30.

Cerca de uma centena de pessoas lançaram gritos de protesto contra o encerramento, terminado a ação, menos de uma hora depois, ao som de “Grândola Vila Morena”.

“Estamos a falar de uma população idosa, desfavorecida, que não vai ter confiança num serviço público tão sério como prestado por privados, nem meios para ir a uma estação em Viana ou Ponte de Lima”, explicou Ezequiel Vale, assumindo que a mudança do serviço local para uma loja de eletrodomésticos “já está em curso”.

No concelho de Viana do Castelo está previsto também o encerramento das estações de Darque e Vila Nova de Anha, passando esses serviços para agentes locais privados.

Estas três Juntas de Freguesia, em colaboração com a Câmara, vão fazer chegar à administração dos CTT uma proposta para assegurar o serviço, mas sem assumirem custos com funcionários.

Contactada pela agência Lusa, a administração daquela empresa pública confirmou a “transferência dos serviços” prestados na estação de Lanheses “para um posto de correio localizado a 50 metros de distância entretanto criado”, estimando por isso um “impacto nulo” desta mudança para a população.

Um posto de correio, explicou a fonte, “é um balcão postal explorado por um parceiro dos CTT, seja um particular ou uma Junta de Freguesia”, que “recebe formação especializada e é remunerado pelos Correios para esta prestação”. Já uma estação “é uma loja diretamente explorada” pela empresa.

“Todos os serviços postais continuam sempre disponíveis a 100%, incluindo os pagamentos de vales de prestações sociais, a cobrança de faturas e a receção de objetos registados e encomendas, entre outros”, assume a administração dos CTT sobre o futuro espaço de Lanheses.

“Esta transferência não implica qualquer perda de postos de trabalho, uma vez que os trabalhadores colocados em Lanheses continuarão a exercer a sua atividade noutras estações nas proximidades”, asseguram os CTT, o mesmo garantindo em relação à “normal distribuição feita pelos carteiros”, que continuará a ser feita “todos os dias, nos mesmos moldes, com os mesmos giros e pelos mesmos profissionais”.

A empresa diz que vai manter em Lanheses um posto de correio e um agente payshop.

No concelho de Viana do Castelo, acrescentam os CTT, continuarão em funcionamento quatro estações de correio, 24 Postos de Correio, 13 postos de venda de selos e 35 agentes payshop.

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