Sim. Há uma das torres da Catedral de Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha, claramente mais inclinada: é a Torre Sul. A confirmação foi dada ao jornal Quincemil por especialistas no monumento.
No entanto, diz ainda aquele jornal, as outras duas torres da catedral [Norte e Berenguela] estão também ligeiramente inclinadas, mas com diferentes graus.
Sublinham os especialistas que “esta é uma caraterística habitual em qualquer torre histórica e não existe qualquer perigo”.
A Torre Sul, também conhecida como torre dos sinos, é aquela que apresenta maior inclinação: cerca de 40 centímetros na direção Sul. O arquiteto do plano diretor da Catedral, Javier Alonso de la Peña, reitera que esta situação não constitui qualquer perigo.
Explica o Quincemil que, para descobrir a origem deste declive é necessário remontar às origens românicas da catedral, no século XII. Na altura, nenhuma deficiência foi detetada. Porém, no final do século XVI, um declive foi detetado nesta torre. A estrutura foi então reforçada através de contrafortes e outras soluções construtivas.
No século seguinte, as torres foram alargadas com o corpo de estilo barroco que é hoje o mais percetível. Também aí a inclinação não constituiu qualquer entrave.
Torre Sul da Catedral de Santiago é a mais inclinada
[Fotografia: Jornal Quincemil]
A inclinação da Torre Norte é a menos percetível. Apenas 1,5 graus. Em termos comparativos, expõe aquele jornal galego, a Torre de Pisa tem uma inclinação de 5,5 graus. Assim, concluem os especialistas, esta inclinação das duas torres da catedral “não afeta em absoluto a sua perfeita estabilidade”.
Já a torre da Berenguela apresenta uma inclinação de 12,1 centímetros para Sul. O cenário foi descoberto em 2012. Nesse ano, o próprio arquiteto alertou para esta inclinação “de causas desconhecidas”.
Torre da Berenguela tem inclinação de 12,1 centímetros e está a ser monitorizada
[Fotografia: jornal Quincemil]
No entanto, realça o responsável, também não é “alarmante ou significativa”. Para Javier Alonso de la Peña, importa agora “monitorizar esta torre ao longo dos anos para determinar se a inclinação parou ou se continua a subir gradualmente”.
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