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José Ramírez Pérez, Manuel Arca Caeiro, David González Martínez e Avelino Martínez Pérez. São quatro agentes da Polícia Local de Tui, na Galiza, Espanha, e foram condecorados com a Medalha de Mérito da Polícia Local pelo trabalho realizado após a trágica explosão de um armazém ilegal de material pirotécnico ocorrida a 23 de maio de 2018. É a mais alta distinção concedida a um agente da Polícia Local.
Rebentamento provocou dois mortos e 37 feridos [Fotografia: Sondolouro]
O rebentamento provocou dois mortos, 37 feridos e destruiu, por completo, mais de uma dezena de casas que se encontravam, num raio de 300 metros. Danificou outras largas dezenas de habituações num espaço de 800 metros ao redor.
Os agentes homenageados confessaram de forma unânime que esse “foi o dia mais duro” que viveram em toda a carreira profissional como membros da Polícia Local.
Avelino Martínez e David González foram os primeiros a chegar ao local e tentaram perceber a origem do sucedido. “O cenário era dantesco. Era um cenário bélico”, descreveram.
O antes e o depois da explosão em Paramos, Tui [créditos: Diego Blanco]
“Foi muito marcante. O cheiro da pólvora asfixiava-nos e era uma imensa tristeza a ver aqueles dois corpos sem vida”, recordou José Ramírez. Em sintonia, Manuel Arca não vai esquecer “todos aqueles destroços onde nos afundávamos”.
Dois anos depois, o Diário Oficial da Galiza determinou que fossem atribuídas estas distinções. Mas o mérito, esse, já lhes estava reconhecido há muito.
A explosão teve magnitude tal que a onda expansiva foi sentida à vários quilómetros de distância, provocando a quebra de vidros em edifícios e veículos e até incêndios florestais. O estrondo foi sentido em vários locais havendo relatos de pessoas que sentiram o ocorrido em Valença, Vila Nova de Cerveira, Caminha e mesmo em Vigo.
[Fotografia: Município Tui]
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