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País

Galiza pede a Barroso para não transferir fundos do Porto para Lisboa

2 Outubro, 2010 - 09:46

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O presidente da Junta da Galiza pede a Bruxelas que recuse o pedido do Governo português no sentido de transferir fundos destinados ao TGV de Porto-Vigo para o de Lisboa-Madrid.

O presidente da Junta da Galiza pede a Bruxelas que recuse o pedido do Governo português no sentido de transferir fundos destinados ao TGV de Porto-Vigo para o de Lisboa-Madrid.

"Quero transmitir o pedido formal da Junta da Galiza para que a Comissão Europeia não permita a reprogramação de fundos europeus consignados para o troço português da ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo e ratifique de novo o carácter prioritário e estratégico que a linha representa para a União Europeia", apela o presidente do governo autónomo da Galiza numa carta a Durão Barroso.

Na carta a que a Lusa teve acesso, Alberto Nunez Feijóo manifesta "total oposição" ao pedido do Governo português, realçando "o grave impacto negativo que a medida teria sobre a coesão e equilíbrio territorial na Península Ibérica, um objectivo reconhecido como prioritário da comissão" a que Durão Barroso preside.

"O impacto é ainda mais negativo uma vez que a Galiza e o Norte de Portugal constituem a única eurorregião, com quase sete milhões de habitantes, que não dispõe de um adequado sistema de transporte público transfronteiriço", afirma o presidente da Junta da Galiza.

Na missiva enviada hoje, Nunez Feijóo defende que se a Comissão Europeia permitisse a reprogramação dos apoios, transferindo os fundos para a ligação de alta velocidade Lisboa-Madrid, "condenaria a eurorregião Galiza-Norte de Portugal a uma posição de desvantagem, em termos de coesão e competitividade", em relação a outras zonas da União Europeia.

"A autorização desta reprogramação teria graves prejuízos para o desenvolvimento da eurorregião Galiza-Norte de Portugal, que se consolidou nos últimos anos e que ajudou ao desenvolvimento da região fronteiriça", defendeu, apelando "ao profundo conhecimento e compromisso que [Durão Barroso] tem mostrado sempre pela cooperação transfronteiriça".

Em Maio, o Governo anunciou a intenção de anular o concurso para a terceira travessia sobre o Tejo, formalizada em Setembro com a publicação em Diário da República.

O secretário de Estado Correia da Fonseca justificou então a anulação do concurso com "a alteração das condições que existiam à data do concurso", de carácter técnico e financeiro, e adiantou que esta decisão vai permitir ao Estado aumentar a comparticipação comunitária no projecto da nova ponte.

"Os fundos comunitários que estavam previstos para o projecto de alta velocidade Lisboa-Porto e Porto-Vigo iriam ser perdidos devido ao facto de ser adiado por dois anos. Para não perdermos [este dinheiro] vamos utilizá-lo na terceira travessia", explicou o responsável dos Transportes.

Já em Setembro, António Mendonça corroborou que a decisão de anular o concurso permitirá "canalizar mais fundos comunitários, de forma a minimizar os impactos financeiros" do projecto, detalhando que o Governo pensa "poder reafectar cerca de 600 a 700 milhões de euros" para esta obra.

FONTE: DE

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