Uns acreditam que aconteceu mesmo. Mas grande parte dos historiadores dizem que não passa de uma lenda.
Certo é que o nome de Brites de Almeida, nascida em Faro no ano de 1350, continua a ouvir-se nos nossos dias.
Conforme se conta, granjeou fama com a proeza realizada ao cair da noite do dia 14 de agosto de 1385.
Foi nessa data que, recorde-se, aconteceu em Aljubarrota, localidade de Alcobaça a famosa batalha entre portugueses e castelhanos.
O exército liderado por D. Nuno Álvares Pereira, em número significativamente inferior, impôs uma vitória estrondosa às tropas de Castela.
Na aflição da retirada, sete soldados castelhanos entraram numa casa que por ali existia. Não estava ninguém.
Momentos depois chegou a dona da habitação. Uma padeira de nome Brites de Almeida. Rapidamente terá percebido que mais alguém estava em casa.
Encontrou sete homens escondidos dentro do forno de cozer o pão. Depreendeu que eram castelhanos.
[Fotografia: Nuno Zaragota/National Geographic Portugal]
Convidou-os a sair e a renderem-se. Os homens não responderam. Fingiram-se de mortos.
Sem meias medidas, Brites de Almeida desferiu-lhes golpes com a pá do forno. Acendeu as chamas e os sete soldados castelhanos tiveram assim o seu triste fim.
[Fotografia: DR]
De acordo com a lenda, nos anos seguintes, a padeira reuniu um grupo de mulheres. Fundaram uma espécie de milícia que perseguia os inimigos, matando-os sem dó nem piedade.
A padeira de Aljubarrota continua atualmente a ser lembrada como uma heroína celebrada pelo povo em canções e histórias tradicionais.
Tem até uma estátua erguida na freguesia de Aljubarrota, concelho de Alcobaça, distrito de Leiria.
[Fotografia: JF Aljubarrota]
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