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Viana do Castelo

Falta de dinheiro para comprar aço impede construções para a Venezuela

4 Janeiro, 2012 - 08:16

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Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ainda não começaram a construção de dois navios asfalteiros, contratados em 2010 pela Venezuela, por não terem dinheiro para comprar matéria-prima, denunciaram os trabalhadores.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ainda não começaram a construção de dois navios asfalteiros, contratados em 2010 pela Venezuela, por não terem dinheiro para comprar matéria-prima, denunciaram os trabalhadores.
"Não conseguimos avançar mais porque não podemos adquirir os equipamentos necessários para começar as construções", reconheceu o porta-voz da comissão de trabalhadores, António Barbosa.
Em causa está um negócio de 128 milhões de euros rubricado pelo próprio presidente da Venezuela, Hugo Chavéz, em outubro de 2010, durante uma visita à empresa de Viana do Castelo.
Prevê a construção de dois navios de 190 metros de comprimento mas, segundo os trabalhadores dos ENVC, a empresa ainda não teve recursos financeiros para adquirir material necessário para avançar para a construção, nomeadamente aço.
Estes dois navios asfalteiros, de 27 mil toneladas, destinam-se à PDVSA (empresa de petróleos da Venezuela) para transportar asfalto a 200 graus centígrados, nos seus oito tanques, cada um com 23 mil metros cúbicos de capacidade.
António Barbosa garante que os trabalhadores dos ENVC já poderiam estar a construir estes dois navios, os únicos "firmes" na carteira de encomendas da empresa, mas o "estrangulamento financeiro" não tem permitido avançar no processo.
A falta de liquidez da empresa está a provocar vários constrangimentos ao funcionamento dos estaleiros, desde logo no atraso do pagamento dos salários de dezembro aos 650 trabalhadores.
Face à indefinição sobre o futuro da empresa, representantes da comissão de trabalhadores viajam na quarta-feira para Lisboa para tentarem ser recebidos pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco.
Para sexta-feira foi já agendada uma reunião geral de trabalhadores para discutir eventuais formas de luta, se entretanto o governo não esclarecer o futuro da empresa e a anunciada reestruturação, com a entrada de outros parceiros estratégicos para o capital do maior construtor naval português.

FONTE: LUSA

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