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Viana do Castelo

Falhou leilão para arrecadar 11,4 ME com terrenos do Parque da Cidade

30 Novembro, 2011 - 14:17

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A administração da VianaPolis anunciou para hoje à tarde a análise ao facto de o leilão dos terrenos do Parque da Cidade ter ficado novamente deserto, com aquela sociedade a falhar o encaixe de 11,4 milhões de euros.

A administração da VianaPolis anunciou para hoje à tarde a análise ao facto de o leilão dos terrenos do Parque da Cidade ter ficado novamente deserto, com aquela sociedade a falhar o encaixe de 11,4 milhões de euros.

"Vamos reunir mais logo para informar os acionistas destes resultados", explicou Eurico Costa, da administração da VianaPolis, participada pelos ministérios do Ambiente e Finanças (60 por cento) e câmara de Viana do Castelo (40 por cento).

Em cima da mesa estará a hipótese de manter o leilão aberto "em permanência" durante o ano de 2012 e uma possível renegociação dos empréstimos contraídos junto da banca pela VianaPolis, que já ascendem a 19 milhões de euros.

Em causa estão 63 mil metros quadrados de terrenos, junto ao rio Lima e destinados sobretudo a habitação, que há cerca de cinco anos estavam avaliados em 21,6 milhões de euros.

Face à falta de interessados na primeira hasta pública para a venda em conjunto, a Direção Geral de Tesouro e Finanças promoveu uma reavaliação e baixou o valor para cerca de 11 milhões de euros.

Contudo, na semana passada, nova hasta pública voltou a ficar deserta, cenário igual ao dia de hoje, segunda fase do processo, em que os terrenos seriam colocados à venda em leilão, mas que durou menos de dez minutos, por falta de qualquer proposta.

Foram colocados à venda nove unidades de três e dois lotes cada, com bases de licitação mínimas entre valores de 850 mil euros a 1,5 milhões de euros, totalizando 10,3 milhões de euros.

A leilão foram ainda os terrenos para instalação de um equipamento social, por 140 mil euros, e para um hotel, por 960 mil euros.

A ausência de interessados nestes terrenos, considerados os principais ativos da VianaPolis, foi de encontro às dúvidas levantadas por uma auditoria do Tribunal de Contas, conhecida esta semana.

O documento identificava "alguns riscos para a atividade" e para "o futuro da VianaPolis", nomeadamente "os resultantes da impossibilidade de alienação de lotes de terreno localizados no parque da cidade", além das frações autónomas sobrantes e da "previsão de aumento dos custos das expropriações do parque urbano e da cidade".

Mesmo que a VianaPolis tivesse concretizado hoje a venda de todos os lotes colocados a leilão, seria necessária uma injeção de entre cinco a seis milhões de euros por parte dos dois acionistas, conforme admitiu esta semana o presidente da Câmara de Viana do Castelo.

"Aquilo que está a ser colocado agora à venda não é suficiente para suprir os encargos financeiros. Naturalmente que vai haver um encargo adicional do Estado e do município. É evidente que se conseguirmos vender melhor, esse défice será menor", admitiu José Maria Costa.

Neste cenário, à autarquia caberia cobrir cerca de 2,4 milhões de euros e os restantes 3,6 milhões de euros ao Estado.

A sociedade VianaPolis mantém-se em funções com o objetivo único de demolir os 13 andares do Edifício Jardim, ato que continua a esbarrar nos processos judiciais movidos pelos moradores.
FONTE: "Lusa"

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