A Assembleia Municipal de Monção aprovou, por maioria, a municipalização do Estádio do Desportivo de Monção, em resultado das dívidas à Segurança Social agravadas com os juros de mora, na ordem dos 222 mil euros.
O presidente da autarquia monçanense explica que esta medida não visa o pagamento de dívidas a uma colectividade “fruto de má gestão”.
José Emílio Moreira sublinha uma “proposta de um negócio”, cuja finalidade é evitar o desaparecimento deste clube e salvaguardar um património municipal que ficará ao serviço de todos.
O autarca socialista garante que, ao invés de se construir um complexo desportivo de raiz, a pedido de várias associações, a solução encontrada passa pela compra do Estádio Manuel Lima, avaliado pelas Finanças em 500 mil euros, pelo valor correspondente às dívidas, com todo o recheio interior.
A Segurança Social já havia procedido à penhora do património imóvel do Desportivo de Monção, e com esta municipalização consegue-se um programa de pagamento, em 10 anos em 120 prestações, evitando o leilão.
De outra forma, assegura o governante, o clube iria desaparecer, porque se fosse para rematar “de uma só vez, a câmara não teria liquidez financeira para o fazer”.
Ainda no âmbito das condições deste “negócio”, José Emílio Moreira acautela que se o Desportivo de Monção chegar a ser extinto, aquele edifício pode ter a finalidade que “o executivo de então lhe quiser dar”, até em termos urbanísticos.
No entanto, o autarca monçanense espera que as futuras direções do clube sigam uma metodologia rigorosa, “até porque já não tem mais património”.
De há uns anos a esta parte que o Desportivo de Monção se tem confrontado com dívidas. Á Segurança Social rondam os 222 mil euros, e mais 60 mil a outras entidades, incluindo a Associação de Futebol de Viana do Castelo.
Agora, o plano alcançado passa por diluir estes valores em 10 anos.
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