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Vila Nova de Cerveira

Executivo contesta encerramento temporário da Pousada de Juventude e receia intenção “mais grave”

3 Dezembro, 2013 - 09:28

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O presidente de Câmara diz-se surpreendido por duas razões: primeiro porque a entidade não deu tempo para o município se pronunciar nem tem dado resposta aos pedidos de reuniões e, em segundo, porque a autarquia já disponibiliza cerca de 10 mil euros anuais para aquele espaço.

Perante um ofício da Movijovem a anunciar a suspensão temporária da atividade da Pousada de Juventude de Vila Nova de Cerveira, a Câmara Municipal pretende, pela via do diálogo, demover aquela entidade desta decisão “prejudicial” para o concelho e para a rentabilidade futura daquele espaço.

A ideia é o enceramento de portas entre Janeiro e Março do próximo ano, “meses que geram menos proveitos e que não ajudam a suportar os custos de funcionamento”. Apesar de a presente medida não implicar despedimento dos seis funcionários, mas apenas a suspensão dos seus contratos, o autarca mostra-se preocupado.

Fernando Nogueira confirma que a Movijovem deu conhecimento desta decisão “praticamente como facto consumado”, tendo proposto ao executivo a alternativa de suportar os custos de aproximadamente 13.600 euros.

O presidente de Câmara diz-se surpreendido por duas razões: primeiro porque a entidade não deu tempo para o município se pronunciar nem tem dado resposta aos pedidos de reuniões e, em segundo, porque a autarquia já disponibiliza cerca de 10 mil euros anuais para aquele espaço.

Nova reunião com carácter de urgência já foi solicitada.

Os argumentos apresentados pela Movijovem são contestados pela autarquia cerveirense. Fernando Nogueira diz não entender o encerramento quando existem utentes de carácter permanente e que podem “desistir” daquele espaço.

No entanto, a preocupação de Fernando Nogueira é mais vasta. O autarca independente suspeita de uma intenção “mais grave”, porque a tentativa de negociação do executivo está a ser encaminhada para uma Comissão Liquidatária, “um nome que pressupõe algo mais”.

Recorde-se que, no início deste ano de 2013, onze unidades da rede nacional de Pousadas de Juventude encerraram no período de inverno. A suspensão do funcionamento destas pousadas foi decidida “num contexto de sazonalidade”, por um período “não superior a 120 dias” da época baixa, e teve por base “baixas taxas de ocupação, défices de exploração elevados e o fator proximidade com outras unidades da rede”.

A rede de Pousadas da Juventude operada pela Movijovem conta com 46 unidades.

Contudo, devido ao encerramento de algumas em 2012, por falta de condições, essa rede estava a operar, no final de novembro do ano passado, com 40 pousadas.

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