Executivo considera “intolerável” fecho do centro de saúde às 20h00 em Julho e Agosto

O vice-presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, Manuel Monteiro, classifica de “intolerável” o possível fecho do centro de saúde do concelho às 20h00, em Julho e Agosto, quando actualmente o serviço encerra às 22h00.

O executivo courense não se conforma com esta redução de duas horas em pleno Verão e já enviou uma carta de protesto ao centro de saúde e à Unidade Local de Saúde do Alto Minho, das quais aguarda uma resposta.

Recorde-se que essa possível situação foi comunicada ao executivo local pelo próprio centro de saúde, que alega a “escassez de médicos” a trabalhar naquela estrutura. Actualmente, o serviço é prestado por quatro médicos espanhóis, todos a residir em Espanha.

Manuel Monteiro espera que este cenário “não aconteça”, pois considera que esta medida “penaliza” as famílias courenses, uma vez que é este o período do dia em que as famílias têm mais disponibilidade para utilizar aquele serviço.

Diz ainda que “a falta de um médico, para uma população de 10 mil pessoas, para suportar mais duas horas, é uma insignificância em termos de custos”.

Caso a resposta não for positiva, o executivo promete “tomar outras iniciativas”.

O vereador do município não se conforma com tal possibilidade e afirma que “só lhes falta terem as chaves para fechar, de facto, o concelho”. Manuel Monteiro realça que as atuais medidas, como o fecho do tribunal local, estão a contribuir para o isolamento da população do interior.

Refira-se que, em análise, está a possibilidade de se reconverter o actual centro de saúde, designado como Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP), em Unidade de Saúde Familiar (USF), permitindo o recrutamento de mais dois médicos.

Uma situação que o executivo local vê com agrado, uma vez que se prevê “melhores condições de atendimento” para uma população, na sua maioria, envelhecida.

E enquanto este processo não avança, a Câmara Municipal de Paredes de Coura pugna pela manutenção da consulta aberta até às 22h00 e não aceita a possível redução de duas horas, em Julho e Agosto. Para Manuel Monteiro, o fecho do serviço às 20h00 não é tolerável.