A construção do novo Centro Cultural de Viana do Castelo, anteriormente denominado Coliseu, , uma obra de 13,1 milhões de euros que deveria estar concluída em julho, sofreu novo atraso e a inauguração acontecerá apenas em dezembro, informou a autarquia.
Segundo o autarca José Maria Costa, as dificuldades na conclusão do projeto desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura prendem-se com as “muitas especificidades” que envolvem uma “obra de autor” que introduz “alguma inovação”, como “sistemas de funcionamento” comuns para receber, no mesmo espaço, eventos culturais e desportivos.
Batizado inicialmente como Pavilhão Multiusos, a obra foi lançada em 2007 e chegou a ter data prevista de conclusão em 2009, e chamando-se Coliseu. Recentemente, mudou o nome para Centro Cultural de Viana do Castelo e viu a sua área de abrangência alargada a todo o distrito.
“É uma obra com alguma complexidade mas que está a decorrer a bom ritmo e que, de acordo com o último calendário que temos, toda a área estrutural estará concluída até 31 de outubro deste ano. Faltam ainda os arranjos exteriores, pelo que a previsão é que até dezembro toda a área de intervenção esteja pronta”, explicou ainda o autarca.
A obra foi lançada em 2007 e chegou a estar prevista a sua inauguração para 2009, entre outros prazos sucessivamente adiados.
Devido à falta de financiamento, por decisão da Câmara, a construção esteve mesmo interrompida em 2011, entre fevereiro e agosto, quando o município já tinha investido mais de seis milhões de euros apenas com recursos próprios.
Entretanto, foi garantido um financiamento comunitário de 10,5 milhões de euros, permitindo a retoma definitiva da construção, com uma comparticipação de 80 por cento, por intermédio da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho.
Dos 13,1 milhões de euros previstos para a construção deste equipamento, à Câmara corresponderá uma fatia de cerca de 2,6 milhões.
Construído a 7,5 metros da marginal do rio Lima e com um recinto para a prática desportiva e outras atividades culturais e económicas, o espaço poderá receber feiras e festivais de gastronomia.
Terá uma capacidade para cerca de duas mil pessoas sentadas, podendo o número aumentar para 2.700 em eventos com público a assistir de pé.
Além da construção do equipamento propriamente dito, a autarquia também terá de avançar entre novembro e dezembro com uma obra de um milhão de euros, para os arranjos exteriores do equipamento, cuja expectativa era de realizar a inauguração em agosto, antes das festas d’Agonia.
“Decorrente do constrangimento financeiro que o Governo colocou aos municípios, aquilo quer era o programa previsto inicialmente terá de ser reajustado, mas não deixaremos de fazer uma abertura com dignidade para que possa servir os objetivos do seu lançamento, de ser um elemento de forte atracão e polarizador na área do turismo”, defendeu José Maria Costa.
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