O júri do concurso para a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo deverá decidir até ao final da próxima semana se aceita ou não a proposta da empresa Martifer, disse o ministro da Defesa Nacional.
“Até ao final da próxima semana [o júri] fará a validação ou não, acreditamos que possa fazê-lo, da proposta que foi apresentada pela Martifer”, afirmou José Pedro Aguiar-Branco.
O ministro, que falava durante uma audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional, afirmou que “há boas expectativas de que a indústria naval se mantenha”.
“Para isso serão necessários trabalhadores”, sublinhou, considerando que será “natural” que o recrutamento se faça entre os atuais trabalhadores dos Estaleiros Navais e que “haja a possibilidade de salvaguardar o maior número de postos de trabalho”.
Os portugueses da Martifer são os únicos na corrida à subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, depois de o grupo russo ter sido excluído pelo júri deste concurso, anunciou a empresa, no passado dia 2 de outubro.
Na audição, o deputado do PCP António Filipe questionou que garantias dá a Martifer de assegurar a viabilização dos estaleiros, face à situação financeira que a empresa atravessa.
“Vemos com muita preocupação que o único concorrente, a Martifer, tem uma situação financeira dificílima. Em Santarém, a Martifer fechou”, observou António Filipe.
Em resposta ao deputado do CDS-PP Abel Baptista, que questionou igualmente o ministro sobre a situação financeira da empresa, o ministro remeteu essa avaliação para o júri do concurso.
“É um júri competente, faz a avaliação das condições do caderno de encargos que estava definido no lançamento”, afirmou Aguiar-Branco, referindo que “parece ser um dado adquirido a manutenção da construção naval”.
“Os estaleiros navais vão renascer”, afirmou Aguiar-Branco, manifestando-se “prudentemente otimista”.
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