ESCE lança projeto inédito para combater desemprego jovem. Cada aluno tem de criar um negócio

É um projeto inédito a nível nacional e até internacional e que pretende contribuir para a redução da taxa de desemprego jovem registada no país.

A Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESCE-IPVC), com sede em Valença, vai avançar, já no próximo ano letivo, com a obrigatoriedade de todos os alunos que ingressarem no primeiro ano, de qualquer licenciatura, criarem uma ideia de negócio que vai ser desenvolvida até terminar o curso.

No processo vai estar envolvida uma equipa de cerca de 40 docentes, “altamente qualificados” que, ao longo dos três anos, vão acompanhar de perto cada ideia, dando contributos para o seu aperfeiçoamento.

Á RVM, o diretor deste estabelecimento de ensino superior explica que o objetivo passa por reforçar a cultura empreededora na região do Alto Minho.

João Paulo Vieito diz que não basta um projeto final de curso, mas uma formação contínua, em que esse negócio pode, se os alunos o entenderem, ser implementado.

O director da ESCE espera que esta iniciativa seja replicada por outras universidades do país, formando uma “onda nacional” de combate ao desemprego jovem.

João Paulo Vieito critica o fato de ainda existir uma cultura de “receio de arriscar”, e garante que esta iniciativa de cada aluno criar o seu próprio negócio e desenvolvê-lo, “é uma das excelentes soluções para este contexto de crise”. E acrescenta: “ao invés de os recém-licenciados trabalharem por conta de outrem, porque não criar o seu próprio negócio?”

João Paulo Vieito fala de um processo complicado que envolve cerca de 160 alunos que, anualmente, ingressam nas várias licenciaturas oferecidas pela Escola Superior de Ciências Empresariais, e ainda um grande esforço ao nível da reformulação de cada unidade curricular. Mas acredita no sucesso deste projeto.

Apesar de os alunos da Escola Superior de Ciências Empresariais do IPVC encontarem saídas profissionais, mesmo na atual conjuntura desfavorável, o diretor João Paulo Vieito quer reforçar a vertente inovadora da instituição, tornando obrigatória para todos os alunos do primeiro ano (cerca de 160), já a partir do próximo ano letivo, a criação de um negócio durante a licenciatura.

Uma inciativa pioneira a nível nacional e até internacional que pretende deixar a sua marca na redução da taxa de desemprego jovem.