O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta sexta-feira, que o Governo “tem tratado com pinças” o processo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, procurando auscultar o mercado para garantir a sua viabilidade.
“A nossa preocupação tem sido auscultar o mercado, no sentido de ver se há condições para injetar novo capital, capital privado, para saber como é que se pode melhorar o seu modo de funcionamento e evitar os prejuízos que vêm sendo acumulados”, disse Passos Coelho.
O chefe do Governo falava aos jornalistas, na Faculdade de Medicina do Porto, no final da cerimónia de comemoração dos 20 anos da introdução da Bioética Científica em Portugal.
Pedro Passos Coelho lembrou que os estaleiros de Viana do Castelo têm “um resultado negativo, que se vem acumulando há muitos anos”, e que o plano de reestruturação do Governo socialista de José Sócrates “previa a dispensa de muitos funcionários”.
O primeiro-ministro assegurou que o assunto “está a ser conduzido com muito cuidado” pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, que “não deixará de dar explicações na Assembleia da República”.
Aguiar-Branco vai ser ouvido, na quarta-feira, a pedido do PS e PCP, na Comissão Parlamentar de Defesa.
Um dia antes, na terça-feira, vão ser ouvidos, por requerimento do PCP, o ex-administrador da Empordef Luís Miguel Novais, o presidente daquela “holding pública” da indústria portuguesa de defesa, Vicente Ferreira, e o presidente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Jorge Camões.
A Empordef agrega, entre outras empresas, os estaleiros de Viana.
O ex-administrador da “holding” Luís Miguel Novais demitiu-se a 02 de março, alegando “inércia” da administração na tomada de decisões sobre o futuro e a gestão dos estaleiros.
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