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Alto Minho

ENVC: Empresa perdeu quase 300 trabalhadores desde 2007

16 Maio, 2012 - 08:20

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Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) perderam em cinco anos cerca de 300 trabalhadores, tendo chegado ao fim de 2011 com 657 funcionários, indica o último relatório e contas da empresa.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) perderam em cinco anos cerca de 300 trabalhadores, tendo chegado ao fim de 2011 com 657 funcionários, indica o último relatório e contas da empresa.

Segundo o documento, ao qual a Agência Lusa teve hoje acesso, os ENVC empregavam em 2007 um total de 931 trabalhadores, dos quais 112 em regime de contrato a termo certo.

A 31 de dezembro de 2011 a empresa contava apenas com 657, sendo que apenas oito estavam com contrato a termo certo.
No total, a empresa perdeu cerca de 30 por cento da força laboral, em parte assegurada pela “cessação de contratos de trabalho a termo certo”, lê-se no relatório.

Segundo o documento, que identifica um passivo acumulado de 254 milhões de euros, os custos com salários, em 2011, foram de 11,7 milhões de euros, uma redução de 2,9 milhões de face ao ano anterior, quando os estaleiros empregavam cerca de 750 trabalhadores.

Além disso, os encargos com as remunerações dos trabalhadores chegaram aos 2,8 milhões de euros, uma redução de 600 mil euros em comparação com o ano de 2010.

Em contrapartida, face à falta de novas encomendas, em 2011 a capacidade produtiva da empresa foi usada em apenas 48 por cento.

Dos 657 trabalhadores que a empresa empregava em 2011, indica o relatório, 53 por cento tinham idade igual ou superior a 50 anos e uma antiguidade média de 25 anos.

O relatório e contas dos ENVC indica que a empresa contabilizou no ano passado prejuízos totais (resultados líquidos) de 22,7 milhões de euros, enquanto no ano anterior esse valor foi de 41,9 milhões.

Em termos de vendas e serviços prestados, os estaleiros faturaram apenas 15,1 ME, menos cinco milhões do que no ano anterior, mas um valor em grande parte assegurado pelas reparações navais, que renderam 8,4 ME em 32 navios.

Segundo a empresa, o volume de negócios registou em 2011 um decréscimo de 25 por cento face ao ano anterior, como “consequência da quebra significativa da atividade de reparação naval na Europa”.

“Este exercício económico reforçou a necessidade imperiosa de proceder a uma urgente operação de recapitalização da empresa, dado que a capacidade de solver os seus compromissos se deteriorou significativamente”, lê-se igualmente no relatório.

O documento classifica ainda a reprivatização, em curso, da empresa, como uma “solução vital para a sobrevivência dos ENVC”, atendendo aos “fortes constrangimentos a nível do recurso a fontes de financiamento clássicas”.

Os ENVC são participados a 100 por cento pela Empordef, holding das indústrias de defesa do Estado, e o processo de reprivatização, através de concurso público internacional, deverá ser lançado no próximo mês.

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