Os Governos de Portugal e de Espanha vão receber nos próximos dias uma resolução do Conselho Sindical Inter-Regional Galiza/Norte apelando à “aposta” na construção naval e na viabilização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
“É uma empresa cujos problemas são sentidos não só localmente como também na Galiza, onde há uma forte crise na construção naval”, começou por explicar à Lusa o presidente daquele conselho, que, entre outras entidades, integra as quatro confederações sindicais dos dois países.
“As estimativas que temos apontam para a necessidade de 1000 trabalhadores galegos em Viana do Castelo, além de muitas empresas especializadas, se o trabalho programado fosse retomado nos ENVC”, acrescentou Adão Mendes.
Na reunião do Conselho Sindical Inter-Regional Galiza/Norte de Portugal, realizada ontem em Santiago de Compostela, foi aprovado o envio de uma resolução “em defesa” da construção naval naquela eurorregião e, no caso português, apelando à “prioridade” dos investimentos do Ministério da Defesa para o setor.
“Apelando à prioridade ao reinvestimento na construção naval, fazendo o investimento que for necessário. Aprovando investimentos para uma indústria nacional como os ENVC em prejuízo de material militar, como aviões ou tanques, usados apenas para fomentar a guerra”, apontou Adão Mendes, sobre as linhas do documento a enviar nos próximos dias, também, ao Governo espanhol.
O Conselho Sindical Inter-Regional Galiza/Norte de Portugal estima que a aposta na construção naval poderia garantir 3000 postos de trabalho, apenas direta e indiretamente pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
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