O presidente da Câmara de Viana do Castelo lamentou a “alienação de um património de 60 anos”, face à confirmada reprivatização dos estaleiros navais da cidade, mas desejou “sorte” com a empresa que venha a ser escolhida.
“Vamos alienar um conhecimento de mais de 60 anos, ficando sempre com algumas dúvidas sobre o futuro. Mas, nesta altura, o importante é garantirmos a viabilidade da empresa. Espero que o processo corra bem e que se tenha sorte com a empresa ou grupo que venha a ficar com os estaleiros”, disse José Maria Costa.
Em conferência de imprensa, convocada após a aprovação da reprivatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) em Conselho de Ministros, o autarca admitiu que a melhor solução para a empresa passaria pelo estabelecimento de uma parceria estratégica.
“Este não é o modelo que defendemos para os ENVC, que deviam ser objeto de uma parceria estratégica, com garantia do Estado, para que Portugal não venha a perder este conhecimento de construção naval”, afirmou o autarca socialista.
Ainda assim, José Maria Costa entende que o “mais importante neste momento” é “garantir a viabilidade da empresa e os postos de trabalho”.
“Estamos a falar de mais de 600 famílias e temos de consolidar a estabilidade social do concelho. Só espero que o processo possa ser bem-sucedido”, sublinhou.
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