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Viana do Castelo

ENVC: Autarca acusa ministro da Defesa de “desmantelar” a empresa

18 Setembro, 2012 - 08:15

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O presidente da Câmara de Viana do Castelo acusou o ministro da Defesa de estar a “desmantelar” os estaleiros da cidade ao revogar a encomenda da construção de onze navios militares para a Marinha.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo acusou o ministro da Defesa de estar a “desmantelar” os estaleiros da cidade ao revogar a encomenda da construção de onze navios militares para a Marinha.

“De passo em passo, o senhor ministro da Defesa tem vindo a desmantelar a capacidade dos estaleiros”, acusou o socialista José Maria Costa, ao sublinhar que este contrato, de 400 milhões de euros, “era um dos ativos” que a empresa ainda tinha.

“O ministro da Defesa tem tido um comportamento inaceitável e incompreensível”, afirmou o presidente da câmara, durante a habitual reunião quinzenal do executivo.

O Conselho de Ministros revogou na última quinta-feira uma resolução de 2004 que encomendava a construção de seis Navios Patrulha Oceânica (NPO) e cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC) aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Fonte governamental explicou à agência Lusa que esta revogação “pretende salvaguardar o interesse do Estado” no processo de reprivatização dos ENVC, dado tratar-se de um compromisso que implicaria pagamentos na ordem dos 57 milhões de euros em 2013 e 38 milhões de euros no ano seguinte.

Além disso, o projeto destes navios “permanecerá na propriedade do Estado”, explicou a mesma fonte, numa altura em que o Governo admite concluir o processo de reprivatização dos ENVC até final do ano.

A encomenda destes navios aos ENVC foi decidida em 2004, quando Paulo Portas liderava o Ministério da Defesa Nacional, no âmbito do programa de reequipamento da Marinha para substituição de corvetas com 40 anos de serviço.

Cada NPO tem um custo que ronda os 50 milhões de euros, num modelo de navio (83 metros) totalmente desenvolvido nos ENVC, enquanto as cinco LFC (de 59,9 metros) custariam cerca de 100 milhões de euros para substituir os atuais quatro patrulhas da classe “Cacine”, construídos entre 1969 e 1973.

Segundo fonte Governamental, com esta revogação será apenas concluída a construção do segundo patrulha, o NRP Figueira da Foz, e do primeiro, o NRP Viana do Castelo, já entregue à Marinha em 2011 mas ainda em período de garantia.

O ministro José Pedro Aguiar-Branco já justificou esta decisão com a necessidade de estabelecer “prioridades” no quadro do reequipamento da Marinha.

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