PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

ENVC: Arménio Carlos desafia Governo a desbloquear verbas para empresa trabalhar

3 Fevereiro, 2012 - 14:02

143

0

O secretário-geral da CGTP desafiou hoje o Governo a conceder aos estaleiros de Viana do Castelo uma parte dos 1.500 milhões de euros de uma linha de financiamento a Pequenas e Médias Empresas para permitir o retomar da laboração.

O secretário-geral da CGTP desafiou hoje o Governo a conceder aos estaleiros de Viana do Castelo uma parte dos 1.500 milhões de euros de uma linha de financiamento a Pequenas e Médias Empresas para permitir o retomar da laboração.

Em causa estão as necessidades de tesouraria dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que precisam entre três a cinco milhões de euros para comprar matéria-prima e equipamentos para iniciar a construção de dois navios asfalteiros para a Venezuela.

O negócio vale 128 milhões de euros para a empresa de Viana do Castelo, mas corre o risco de ser cancelado porque os ENVC ainda não conseguiram liquidez para fazer estas aquisições.

“O Governo anunciou, com pompa e circunstância, que tinha uma linha especial de crédito para conceder às PME, pelo que não se percebe que, de 1.500 milhões, não tenha cinco milhões para pôr a empresa a funcionar, a exportar”, afirmou Arménio Carlos, que hoje participou na sua primeira manifestação pública, em Viana do Castelo, enquanto líder da CGTP.

“Se assim não o fizer”, sublinhou, isso “quererá dizer que o Governo não está interessado em manter empregos, mas em destruir. E isso seria um crime contra a região”, criticou Arménio Carlos.

Pela segunda vez em cerca de seis meses, antigos e atuais trabalhadores dos ENVC, além de familiares, população, pequenos empresários e comerciantes, voltaram hoje a sair à rua em defesa da viabilidade daquela empresa de construção naval.

A manifestação, que juntou cerca de meio milhar de participantes, terminou na Praça da República, com um plenário, em que “face à situação critica” da empresa foi decidido, por unanimidade, “exigir que o Governo desbloqueie de imediato os meios necessários para que os ENVC comecem a construir os navios para a Venezuela”.

“Se fossem necessários 100 milhões para meter no BPN já tinham aparecido, mas três milhões para pôr uma empresa a exportar é que não há”, criticou Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo.

Durante a marcha pelas ruas da cidade, os trabalhadores pararam à porta da delegação da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), onde apresentaram uma queixa sobre o “corte decidido unilateralmente pela administração dos ENVC”, num seguro de saúde em vigor há mais de trinta anos.

Durante a intervenção pública na Praça da República, no final da manifestação, Arménio Carlos criticou ainda a atuação do presidente da República neste processo: “Fala muito, mas tem que começar a fazer mais, não basta constatar que há problemas. Devia reunir com os representantes dos órgãos representativos dos trabalhadores, que já solicitaram esse encontro”, rematou o líder da CGTP.

Últimas