Os empresários do Alto Minho admitiram hoje a necessidade de “juntar” as Pequenas e Médias Empresas (PME) do distrito para que estas possam “ganhar escala” e “presença”, sobretudo em mercados internacionais.
“Temos gente com grande capacidade e muita vontade. Mas precisamos de dimensão, tendo uma estrutura profissional por setor, para lançar as nossas PME no mercado da internacionalização”, admitiu hoje à agência Lusa o presidente do Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CEVAL).
Segundo Luís Ceia, em todo o distrito de Viana do Castelo funcionam cerca de 22.000 empresas, das quais 9.000 estão registadas em nome individual.
Um terço do tecido empresarial está concentrado no concelho de Viana do Castelo.
“Precisamos que as nossas PME ganhem escala, juntando-se para atacarem determinados mercados através de cadeias de transporte ou investigação em comum, por exemplo”, admitiu ainda o representante dos empresários da região.
Esta agregação poderá ser obtida pela introdução dos denominados Agrupamentos Complementares de Empresas, acrescentou Luís Ceia, em declarações à margem de um seminário sobre empreendedorismo realizado hoje em Viana do Castelo.
A organização pertenceu à Incubadora de Iniciativas Empresariais Inovadoras (In.Cubo), tendo como objetivo “potenciar o ecossistema empreendedor regional” e “reforçando ligações” entre as organizações que compõem a Rede Regional do Empreendedorismo do Alto Minho.
“Felizmente, o empreendedorismo da região ainda se vai aguentando, sobretudo a partir da componente rural. Mas esse é também um potencial que devemos aproveitar nesta área, ou seja recorrendo aos produtos locais”, rematou Luís Ceia.
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