A crise tem sido ‘uma faca de dois gumes’ para o Canil Intermunicipal do Alto Minho.
Se é verdade que, por um lado, tem levado cada vez mais pessoas a entregar os seus animais de estimação, por outro tem aumentado o número de interessados na adopção de animais de grande porte.
A veterinária da estrutura gerida pela CIM Minho-Lima explica que a prática do abandono animal nas ruas está assim a ser substituída pela sua entrega nos espaços apropriados, mesmo que essa decisão implique o pagamento de uma taxa.
Se até há bem pouco tempo isto constituía um problema para a região, Natália Campos sublinha uma maior sensibilização por parte da comunidade, que acorre às instalações do canil pelos mais variados motivos, mas especialmente prendem-se com a falta de condições económicas.
Perante um aumento de 20 por cento na entrega dos animais, o que alivia a direção do Canil Intermunicipal do Alto Minho é o recente acréscimo nas adopções de animais, sobretudo de grande porte.
Natália Campos realça que esta “reviravolta” também está associada à crise, nomeadamente na aquisição de um animal para prevenir assaltos.
Com cerca de 80 animais, o Canil Intermunicipal do Alto Minho tem acolhido muitos outros que são entregues às portas da estrutura pelos proprietários, alegando falta de condições para os sustentar, dadas as consequências da crise que o país atravessa.
Contudo, as campanhas de incentivo à adopção têm resultado, equilibrando assim o trabalho e a distribuição dos animais pelos espaços do Canil Intermunicipal.
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