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Viana do Castelo

Edifício com mais de 400 anos protegido dos dejetos dos pombos com sistema elétrico

17 Agosto, 2012 - 08:26

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A fachada do antigo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, com mais de 400 anos, vai receber um sistema elétrico para afastar aves, nomeadamente pombos, “protegendo” aquele património dos seus dejetos.

A fachada do antigo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, com mais de 400 anos, vai receber um sistema elétrico para afastar aves, nomeadamente pombos, “protegendo” aquele património dos seus dejetos.

Segundo o provedor da instituição, este sistema, que já está a ser colocado na fachada do histórico edifício da Misericórdia, um dos mais importantes da cidade, representa um investimento de 15.000 euros e consiste numa “pequena descarga elétrica” ao contacto das aves.

“São pequenos fios, que não se veem, mas que serão colocados em toda a fachada. A descarga não fere as aves, apenas as desvia, para não pousarem nas varandas”, apontou Vitorino Reis, admitindo que os pombos, sobretudo os seus dejetos e ninhos lá instalados, “são um verdadeiro problema” para a conservação daquela zona.

A instalação deste sistema decorre numa altura em que o edifício, de três andares e onde funciona atualmente a sede da instituição, está precisamente a ser alvo de obras de conservação ao nível da fachada, que se encontrava bastante deteriorada.

Trata-se de um edifício que serve de postal da cidade de Viana do Castelo, em plena Praça da República, e “que não tem paralelo na arquitetura maneirista portuguesa”, descrevem os especialistas, por ter sido inspirada nos modelos arquitetónicos da Europa do Norte.

“Foi um estilo que não vingou. Por isso, sendo único, e com mais de 400 anos, é algo cuja importância da preservação é ainda maior, pela importância nacional que tem. Curiosamente nem se sabe quem a desenhou [a fachada]”, sublinha o provedor Vitorino Reis.

Dado tratar-se de um dos pontos mais visitados da cidade de Viana do Castelo, a instituição colocou uma tela de 320 metros quadrados em toda a dimensão da fachada que será intervencionada, replicando o edifício original e “escondendo os andaimes”.

“No fundo é uma fotografia gigante da fachada que está em obras mas que permite aos turistas continuarem a tirar fotografias no local”, explicou ainda.

Nas obras em curso já foi detetado que o edifício terá afundado em cerca de 10 centímetros, devido às águas das chuvas acumuladas subterraneamente, pelo que serão desviadas através de um sistema de drenagem a instalar no local.

Estas obras decorrem até final do ano num investimento global, na recuperação de todo o património construído e propriedade da Santa Casa da Misericórdia naquela zona do centro histórico, que ronda os três milhões de euros.

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