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Alto Minho

Dia do Vento: 140 aerogeradores garantem mais de metade do consumo de eletricidade na região

15 Junho, 2012 - 08:11

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Mais de metade do consumo elétrico do distrito de Viana do Castelo é hoje assegurado pela produção eólica do vale do Minho, um conjunto de quatro parques que representaram um investimento de 380 milhões de euros.

Mais de metade do consumo elétrico do distrito de Viana do Castelo é hoje assegurado pela produção eólica do vale do Minho, um conjunto de quatro parques que representaram um investimento de 380 milhões de euros.

“A produção varia ao longo do tempo, mas podemos dizer que cerca de 55 por cento do consumo de eletricidade de todo o Alto Minho é assegurado por estes parques”, explicou à agência Lusa o diretor de projeto da empresa Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho (EEVM).

Construídos entre 2006 e 2009, estes parques, que chegaram a apresentar em conjunto o título de maior parque eólico da Europa, representaram um investimento global de 380 milhões de euros, para instalar uma potência total de 292 MegaWatts (MW) em 140 aerogeradores de dois e três MegaWatts.

“Só começam a ser rentáveis ao fim de dez anos. Ou seja, nos de Caminha e Vila Nova de Cerveira a partir de 2016 e no restante só depois de 2019”, acrescentou José Miguel Oliveira, na véspera do Dia Mundial do Vento, que se assinala esta sexta-feira.

Segundo dados da empresa, a energia produzida em 2011 pelos quatro parques do grupo foi de 616 GigaWatt-hora, o equivalente a 1,2 por cento (%) da eletricidade consumida em Portugal no ano passado.

A EEVM gere a totalidade dos parques, que começaram a ser projetados em 2001, envolvendo privados e as seis autarquias do Vale do Minho.

Atualmente, apenas a Câmara de Vila Nova de Cerveira ainda mantém a participação de 15% no parque instalado naquele concelho, com cinco aerogeradores e uma potência total de 10MW, depois de realizado um investimento 12 milhões de euros.
Logo ao lado funcionam dois parques distribuídos pelo concelho de Caminha – Espiga e Arga – e que custaram 48 milhões de euros (para 15 aerogeradores que produzirem 42 MW).

Estes três parques, todos independentes em termos de ligação à Rede Elétrica Nacional, começaram a funcionar em 2006 e formaram o Parque Eólico Alto Minho II.

Em 2009 foi concluído o Parque Eólico Alto Minho I, constituído por cinco subparques distribuídos pelos concelhos de Valença, Paredes de Coura, Monção e Melgaço, fruto de um investimento global de 320 milhões de euros para instalar 120 aerogeradores, totalizando uma potência instalada de 240 MW.

“Trata-se de um único parque, já que o ponto de ligação à rede é o mesmo e estão todos interligados. Até há pouco tempo era o maior da Europa, mas foi entretanto ultrapassado por um construído na Escócia, pelo que estamos no segundo lugar”, explicou ainda José Miguel Oliveira.

A manutenção e operação destes parques é assegurada diariamente por cerca de 30 pessoas, mas, para já, novos investimentos estão colocados de lado.

“Vamos ter de esperar que as coisas fiquem mais claras, em termos de politica de energia renovável em Portugal. Outros investimentos vão depender do novo quadro regulamentar da produção de eletricidade a partir de fontes renováveis”, rematou o responsável.

A EEVM é detida atualmente, em partes iguais, pela empresa EDF EN Portugal (grupo EDF Energies Nouvelles) e pela EOL Verde – Energia Eólica, que, por sua vez, é formada pela Finerge e DST, sendo que para cada concelho onde estão instalados os parques eólicos foram constituídas empresas, participadas maioritariamente por aquela empresa.

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