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Melgaço

Dez Juntas de Freguesia tentam impugnar reforma do território

13 Maio, 2013 - 12:18

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As dez Juntas de Freguesia abrangidas pela reforma administrativa do território no concelho de Melgaço vão dar entrada em tribunal, nos próximos dias, com uma ação para impugnar o processo, disse hoje o porta-voz destes autarcas.

As dez Juntas de Freguesia abrangidas pela reforma administrativa do território no concelho de Melgaço vão dar entrada em tribunal, nos próximos dias, com uma ação para impugnar o processo, disse hoje o porta-voz destes autarcas.

“Temos o processo nas mãos do advogado, estamos a reunir as últimas procurações e dados sobre as freguesias para dar entrada com o processo no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga”, avançou à Lusa Maximiano Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Prado, em Melgaço.

Na proposta enviada em 2012 à Assembleia da República pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) foi indicada a redução das atuais 18 freguesias do concelho de Melgaço para 13, envolvendo dez agregações.

Com menos cinco Juntas, do novo mapa autárquico de Melgaço constam a União das Freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro, a União das Freguesias de Parada do Monte e Cubalhão e a União das Freguesias de Chaviães e Paços. Ainda a União das Freguesias de Prado e Remoães e a União das Freguesias da Vila (Melgaço) e Roussas.

“Vamos alegar, entre outros aspetos, que as populações e os autarcas não foram ouvidos neste processo. Além disso, é uma reforma que não traz qualquer benefício para as populações, como facilmente se demonstra”, sublinhou Maximiano Gonçalves.

Como exemplo aponta a agregação de duas das mais extensas, isoladas e envelhecidas freguesias do concelho, Lamas de Mouro e Castro Laboreiro, em plena área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo esta última a receber a sede do novo órgão.

“Em Lamas de Mouro o atual presidente da Junta tem 55 ex-emigrantes em França que a cada seis meses têm de lhe pedir uma declaração como prova de vida para continuarem a receber a reforma daquele país. São idosos que vão passar a ter de fazer uma viagem de oito quilómetros, até à sede, em Castro Laboreiro, para tratarem deste tipo de coisas”, criticou Maximiano Gonçalves.

Além disso, o autarca de Prado e porta-voz das dez Juntas abrangidas pela extinção e fusão de freguesias em Melgaço, garante que a cinco meses das eleições autárquicas o processo para implementar esta reforma está “totalmente parado”.

“Ninguém sabe como vai ficar isto para as eleições, onde é que as pessoas vão poder votar ou como serão feitos os cadernos eleitorais”, rematou.

O pedido de impugnação deste processo, acrescentou, deverá dar entrada no tribunal nos “próximos dias”.

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