Deputados do PSD esperançados na viabilização da empresa após reunião com secretário de Estado

Os deputados do PSD dizem-se "esperançados" no futuro dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) depois de uma reunião, hoje, com o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino.

"Saímos esperançados deste encontro de trabalho. Pelo que nos foi transmitido, há uma fortíssima possibilidade de ser definida uma solução para a empresa a contento de todas as partes", explicou à Agência Lusa o deputado Eduardo Teixeira.

Neste encontro com o governante marcaram presença quatro deputados do PSD, além dos três eleitos por Viana do Castelo, também António Pedro Roque, simultaneamente secretário-geral dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD).

Segundo Eduardo Teixeira, "quer as administrações da Empordef e dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, quer o próprio Ministério da Defesa", estão a "trabalhar afincadamente" para encontrar uma solução.

"Mas, como nos foi explicado, trata-se de um processo complexo que não pode ser fechado rapidamente", acrescentou o deputado social-democrata.

A 01 de novembro, a Empordef admitiu que ainda não tinha feito chegar ao Governo qualquer proposta de viabilização dos ENVC.

A holding das indústrias da Defesa garantia, contudo, que "tudo está a ser feito para assegurar o futuro" da empresa e que "prosseguem as conversações com os potenciais investidores que garantam a viabilidade financeira dos ENVC".

"Uma vez concluídas as conversações, em curso" será apresentada "tão rápido quanto possível, uma análise sobre as condições de viabilidade da empresa".

Em setembro, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, concedeu um prolongamento "entre setembro e outubro" do prazo dado à Empordef para encontrar uma solução para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Atualmente com um passivo de 240 milhões de euros, a administração anterior dos ENVC chegou a anunciar o despedimento de 380 trabalhadores.

A Empordef, detentora da totalidade do capital social dos ENVC, garante que "até à conclusão deste processo está assegurada a manutenção dos postos de trabalho", na ordem dos cerca de 700.
FONTE: "Lusa"